O verdadeiro amor

“Amor” é definido de tantas maneiras que até é associado a coisas erradas, e é porque a humanidade não sabe o que é realmente o verdadeiro amor, o amor sobre o qual a Bíblia nos fala.

Poderíamos dizer que amar é fazer caridade, dar a vida por uma nação, proteger um ser querido, podemos estender este artigo dando muitos outros exemplos, mas o que é realmente o amor? A Bíblia nos diz que é possível fazer o que precede e ainda não temos amor.

Se o amor não é nada disso, então o que é o amor? A carta do apóstolo Paulo aos coríntios nos fala claramente sobre isso:

4 O amor é paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se orgulha.

5 Não maltrata, não procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor.

6 O amor não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade.

7 Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.

8 O amor nunca perece; mas as profecias desaparecerão, as línguas cessarão, o conhecimento passará.

1 Coríntios 13:4-8

De acordo com os versículos anteriores, podemos ver que o amor vai além de nossas ações, é algo que nasce de dentro de nós, você não pode dizer que tem amor e ter inveja, se vangloriar, maltratar, apenas pensar em si mesmo, se irritar com outros, guardar rancor, etc.

Como podemos dizer que amamos a Deus e não amamos o próximo? Bem, como João diz, como podemos dizer que amamos a Deus a quem não vemos e odiar nossos irmãos a quem vemos? O verdadeiro amor é mostrado amando o próximo, não buscando o nosso próprio bem, mas o dos outros. Lembre-se de que temos a maior demonstração de amor na cruz, a Cristo dando a vida por pecadores que não mereciam nada de bom.

Vivemos em uma época na qual o conceito de amor foi distorcido e fragmentado. As pessoas o confundem com emoções passageiras, com interesses próprios ou com gestos superficiais que não refletem a profundidade do amor bíblico. A sociedade moderna transformou o amor em algo descartável, condicionado a sentimentos momentâneos e conveniências pessoais. Porém, quando observamos as Escrituras, percebemos que o amor verdadeiro não depende das circunstâncias, não muda com o tempo e nem se baseia em sentimentos instáveis. Ele é uma decisão, um estilo de vida e um reflexo do caráter de Deus habitando em nós.

Jesus ensinou que todo o mandamento da Lei e dos Profetas se resume em duas grandes verdades: amar a Deus sobre todas as coisas e amar ao próximo como a nós mesmos. Isso nos mostra que o amor não é apenas uma virtude, mas o fundamento da vida cristã. Não é possível seguir os passos de Cristo se não estamos dispostos a amar de forma sacrificial, paciente e constante. O amor bíblico não é uma teoria, mas uma prática diária que se manifesta na maneira como tratamos as pessoas ao nosso redor.

Quando Paulo descreve o amor em sua carta aos coríntios, ele apresenta características que somente podem ser vividas por alguém que foi transformado por Deus. Ser paciente, bondoso, desapegado, humilde e misericordioso exige maturidade espiritual e disciplina emocional. Não se trata de perfeição humana, mas de permitir que o Espírito Santo molde nosso caráter. Assim, cada atitude amorosa revela a presença de Deus em nós.

Outra verdade importante é que o amor não busca reconhecimento. Muitas vezes fazemos boas obras desejando ser vistos ou elogiados, mas o amor verdadeiro não precisa de aplausos. Ele se alegra em servir, em ajudar, em dar suporte ao necessitado, mesmo quando ninguém observa. O próprio Jesus ensinou a importância de fazer o bem em segredo, porque o Pai que vê em oculto é quem recompensa.

Além disso, o amor genuíno também nos chama para o perdão. Guardar rancor é um sinal claro de imaturidade espiritual e de falta de compreensão do amor bíblico. Deus nos perdoou completamente, embora não merecêssemos; por isso, também somos convidados a perdoar aqueles que nos ferem. O perdão não é esquecer a dor, mas decidir não alimentar ressentimentos, permitindo que Deus restaure nosso coração.

Por fim, devemos lembrar que o amor de Deus é o maior exemplo para nós. Cristo entregou Sua vida não por pessoas perfeitas, mas por pecadores. Ele amou aqueles que O rejeitaram, que O feriram e que não O reconheceram. Esse amor é profundo, eterno e incondicional. Quando permitimos que esse amor preencha nossos corações, somos capacitados a amar de forma semelhante: com paciência, misericórdia e verdade.

Que cada um de nós possa buscar viver o amor descrito por Paulo, não apenas como um ideal, mas como uma realidade diária. Porque, no fim de tudo, o amor permanece, o amor transforma e o amor é a marca daqueles que verdadeiramente seguem a Cristo.

Muro de proteção é Deus em sua vida
Não ignore a voz de Deus e Sua Palavra