Quem é este Rei da glória? Essa pergunta ecoa como um convite à adoração, um chamado para contemplar a majestade divina. O salmista não deixa espaço para dúvidas: este Rei da glória é o Deus sábio, poderoso, soberano e eterno. Seu poder é inigualável e sua grandeza se manifesta desde a criação até os mínimos detalhes que sustentam o universo. Suas obras revelam um Deus ativo, presente, que reina para sempre e cujas façanhas demonstram que Ele está acima de tudo e de todos.
Do Senhor é a terra e tudo o que nela existe, o mundo e os que nele vivem; Salmos 24:1
Essas palavras estabelecem uma verdade que deveria moldar nossa vida inteira: tudo pertence ao Senhor. Nada é autônomo, nada existe por acaso, nada vive para si mesmo. A terra — com toda sua biodiversidade, beleza e complexidade — pertence ao Criador. O mundo — com suas nações, povos, línguas e culturas — está debaixo de Sua autoridade. E nós, seres humanos, também pertencemos a Ele. Deus criou os céus, a terra e tudo o que nela há. Ele chamou cada estrela pelo nome e determinou limites para mares, montanhas e planetas. Nada saiu de Suas mãos sem propósito; tudo é sustentado por sua perfeita sabedoria.
2 pois foi ele quem fundou-a sobre os mares 3 Quem poderá subir o monte do Senhor? 4 Aquele que tem as mãos limpas e o coração puro… 5 Ele receberá bênçãos do Senhor… Salmos 24:2-5
O salmista nos apresenta dois pilares fundamentais: o poder criador de Deus e o caráter exigido daqueles que desejam se aproximar Dele. O Deus que ergueu a terra sobre os mares é o mesmo que examina o coração humano. Subir ao monte do Senhor não é apenas um gesto físico — é uma figura espiritual que aponta para intimidade, reverência e santidade. Somente aqueles de mãos limpas, coração puro e vida reta podem permanecer diante Dele.
Isso nos confronta profundamente, porque revela que a verdadeira adoração não é um ato superficial, e sim um estilo de vida. Reconhecer que Deus é o Rei da glória exige mais do que palavras; exige transformação. Não é possível honrar o Rei da glória enquanto se vive preso a ídolos modernos — como orgulho, fama, materialismo, vaidade ou religiosidade vazia. Deus procura adoradores sinceros, que não apenas falem sobre Ele, mas que O busquem com integridade.
Alguns perguntam com arrogância: “Deus existe mesmo?”. Mas basta um olhar honesto ao mundo ao nosso redor para perceber sinais incontestáveis de Seu poder. A ordem da natureza, a precisão do universo, a existência da vida e a beleza que permeia toda criação apontam para um Criador sábio. A Bíblia relata que quando Deus falou ao povo no tempo de Moisés, Sua voz foi tão poderosa que eles não conseguiram suportá-la. Pediram então que Moisés servisse como intermediário, porque o som da voz divina abalava seus corações. Esse episódio revela a grandeza incomparável do Deus que hoje muitos tentam diminuir ou ignorar.
Quando refletimos sobre esse acontecimento, percebemos como somos pequenos diante da majestade divina. Se o povo estremeceu ao ouvir apenas a voz de Deus, imagine contemplar Sua glória plena! Ainda assim, esse mesmo Deus poderoso se aproxima de nós com misericórdia, nos protege, nos sustenta e nos convida a viver em comunhão com Ele.
Por isso, reconhecer que Deus é o Rei da glória não é opcional — é essencial para uma vida plena. Sem Ele nada podemos fazer. Ele é quem torna todas as coisas possíveis, quem ilumina nossa caminhada e mantém nossa vida segura. Adorar o Rei da glória é devolver a Ele o que já é Dele: honra, louvor e reconhecimento. Se você ainda não reconheceu o Deus que lhe deu a salvação, faça-o hoje. Ele é digno de toda exaltação e adoração.
Que nossos lábios, nosso coração e nossa vida proclamem continuamente: “O Rei da glória vive e reina para sempre”.