Dez conselhos dos Provérbios para os teus filhos

O livro dos Provérbios foi escrito por Salomão, o rei mais sábio de Israel, quem também construiu o primeiro templo de Israel. Deste livro poderíamos dizer que se trata de uma recopilação de ditados sábios, muitos deles vêm de revelação divina, outros da mesma experiência humana.

Provérbios é uma guia que contém muita sabedoria que podemos estudar para compartilhar com nossos filhos, para orientá-los no caminho certo e em uma vida agradável a Deus. Em seguida, vamos mostrar-lhe dez lições de Provérbios para instruirmos aos nossos filhos.

Dez ensinamentos de Provérbios para os nossos filhos

1. A ter temor de Deus (1:7, 9:10; 10:27; 14:26-27; 15:16; 16:6; 19:23)

Ensinar nossos filhos a temer ao Senhor é colocá-los no início do verdadeiro conhecimento. Em Provérbios, o “temor do Senhor” não é um medo paralisante, mas um respeito profundo, reverente, que reconhece quem Deus é: santo, justo, soberano e bondoso. Quando as crianças entendem que Deus vê, conhece e governa todas as coisas, elas passam a perceber que suas decisões têm consequências diante Dele, e isso molda o caráter desde cedo.

Esse temor saudável protege nossos filhos da arrogância e da autossuficiência. Em um mundo que incentiva a exaltação do “eu”, Provérbios nos lembra que é melhor ter pouco com o temor do Senhor do que grandes tesouros acompanhados de inquietação. Mostrar às novas gerações que a vida verdadeira, a segurança e a satisfação duradoura fluem do temor do Senhor é apontá-las para a única base firme em meio às incertezas deste mundo.

1:7

O temor do Senhor é o princípio do conhecimento; mas os insensatos desprezam a sabedoria e a instrução.

9:10

O temor do Senhor é o princípio sabedoria; e o conhecimento do Santo é o entendimento.

10:27

O temor do Senhor aumenta os dias; mas os anos os impios serão abreviados.

14:26-27

No temor do Senhor há firme confiança; e os seus filhos terão um lugar de refúgio.

O temor do Senhor é uma fonte de vida, para o homem se desviar dos laços da morte.

15:16

Melhor é o pouco com o temor do Senhor, do que um grande tesouro, e com ele a inquietação.

16:6

Pela misericórdia e pela verdade expia-se a iniqüidade; e pelo temor do Senhor os homens se desviam do mal.

19:23

O temor do Senhor encaminha para a vida; aquele que o tem ficará satisfeito, e mal nenhum o visitará.

2. Para salvar suas mentes (4:23; 23:7)

Provérbios nos ensina que o coração — entendido aqui como mente, vontade e afeições — é a fonte de tudo o que fazemos. Guardar o coração significa proteger aquilo que entra por meio dos olhos, ouvidos e pensamentos. Em um tempo em que nossos filhos são bombardeados por informações, imagens e ideias contrárias à Palavra de Deus, precisamos ajudá-los a discernir o que edifica e o que corrompe.

Quando nossos filhos entendem que “como o homem pensa em seu coração, assim ele é”, eles percebem que não podem alimentar a mente com ódio, imoralidade e mentira e esperar uma vida santa e equilibrada. Devemos incentivá-los a encher a mente com a verdade das Escrituras, com aquilo que é puro, justo e digno de louvor, para que seus pensamentos sejam moldados pelo Evangelho e suas decisões reflitam a sabedoria que vem do alto.

4:23

Guarda com toda a diligência o teu coração, porque dele procedem as fontes da vida.

23:7

Porque, como ele pensa consigo mesmo, assim é; ele te diz: Come e bebe; mas o seu coração não está contigo.

3. Para obedecê-lo (1:8; 4:1-4; 6:20-23; 30:17)

A obediência aos pais é vista em Provérbios como um caminho de vida. Quando uma criança aprende a ouvir a instrução do pai e da mãe, ela está, na verdade, sendo treinada para ouvir a voz de Deus. Os mandamentos dos pais piedosos são como lâmpadas e luzes que iluminam o caminho, evitando muitas dores desnecessárias. Essa obediência não é apenas externa, mas deve brotar de um coração que reconhece a autoridade que Deus estabeleceu na família.

Ao mesmo tempo, Provérbios adverte sobre o perigo de desprezar essa autoridade. O texto é forte ao descrever o destino de quem zomba dos pais, mostrando que rebeldia não é algo leve diante de Deus. Como pais, devemos ensinar que obedecer não é apenas uma questão de respeito humano, mas de reverência ao Senhor, que usa a correção amorosa para preservar nossos filhos do mal e conduzi-los à verdadeira vida.

1:8

Filho meu, ouve a instrução de teu pai, e não deixes o ensino de tua mãe.

4:1-4

Ouvi, filhos, a instrução do pai, e estai atentos para conhecerdes o entendimento.

Pois eu vos dou boa doutrina; não abandoneis o meu ensino.

Quando eu era filho aos pés de meu, pai, tenro e único em estima diante de minha mãe,

ele me ensinava, e me dizia: Retenha o teu coração as minhas palavras; guarda os meus mandamentos, e vive.

6:20-23

Filho meu, guarda o mandamento de, teu pai, e não abandones a instrução de tua mãe;

ata-os perpetuamente ao teu coração, e pendura-os ao teu pescoço.

Quando caminhares, isso te guiará; quando te deitares, te guardará; quando acordares, falará contigo.

Porque o mandamento é uma lâmpada, e a instrução uma luz; e as repreensões da disciplina são o caminho da vida,

30:17

Os olhos que zombam do pai, ou desprezam a obediência à mãe, serão arrancados pelos corvos do vale e devorados pelos filhos da águia.

4. A escolher cuidadosamente os amigos dele (1:11-18; 2:10-15; 13:20)

Provérbios é claro ao mostrar que as companhias moldam o caráter. Amigos ímpios e sem temor de Deus arrastam o coração para o mal, ainda que num primeiro momento pareçam oferecer prazer, aventura ou vantagem. O texto descreve pessoas que convidam para a violência, para caminhos de injustiça e perversidade, e deixa claro que, no fim, eles armam laços contra a própria vida. Ensinar nossos filhos a dizer “não” a esse tipo de amizade é um ato de amor.

Por outro lado, andar com os sábios torna a pessoa mais sábia. Bons amigos incentivam à piedade, à honestidade, ao estudo e à obediência a Deus. A adolescência e juventude são fases em que a influência dos amigos é muito forte; por isso, devemos orientar nossos filhos a avaliar não apenas se alguém é “legal”, mas se essa amizade os aproxima do Senhor ou os afasta Dele. Escolher amigos piedosos é uma proteção preciosa para toda a vida.

1:11-18

11 Se disserem: Vem conosco; embosquemo-nos para derramar sangue; espreitemos sem razão o inocente;

12 traguemo-los vivos, como o Seol, e inteiros como os que descem à cova;

13 acharemos toda sorte de bens preciosos; encheremos as nossas casas de despojos;

14 lançarás a tua sorte entre nós; teremos todos uma só bolsa;

15 filho meu, não andes no caminho com eles; guarda da sua vereda o teu pé,

16 porque os seus pés correm para o mal, e eles se apressam a derramar sangue.

17 Pois debalde se estende a rede à vista de qualquer ave.

18 Mas estes se põem em emboscadas contra o seu próprio sangue, e as suas próprias vidas espreitam.

2:10-15

10 Pois a sabedoria entrará no teu coração, e o conhecimento será aprazível à tua alma;

11 o bom siso te protegerá, e o discernimento e guardará;

12 para te livrar do mau caminho, e do homem que diz coisas perversas;

13 dos que deixam as veredas da retidão, para andarem pelos caminhos das trevas;

14 que se alegram de fazer o mal, e se deleitam nas perversidades dos maus;

15 dos que são tortuosos nas suas veredas; e iníquos nas suas carreiras;

13:20

Quem anda com os sábios será sábio; mas o companheiro dos tolos sofre aflição.

5. A controlar seus desejos pecaminosos (2:16-19; 5:3-5; 6:23-33; 7:6-27)

Provérbios fala com muita clareza sobre os perigos da imoralidade sexual, descrevendo-a como um caminho que parece doce e atraente no início, mas termina em amargura, destruição e morte. A “mulher estranha” representa toda forma de sedução ilícita, seja física, virtual ou emocional, que afasta o coração da fidelidade a Deus. Precisamos ensinar nossos filhos a enxergar além das aparências e das promessas vazias que o pecado faz.

Controlar os desejos pecaminosos não significa negar a existência deles, mas submetê-los ao Senhor e à Sua Palavra. É mostrar aos jovens que o corpo, os sentimentos e a sexualidade foram criados por Deus para serem vividos dentro de Seus propósitos santos. Quando aprendem desde cedo a fugir das situações de tentação, a vigiar os olhos e o coração, eles estarão mais protegidos das feridas profundas que o pecado sexual causa à alma, às famílias e ao relacionamento com Deus.

2:16-19

16 e para te livrar da mulher estranha, da estrangeira que lisonjeia com suas palavras;

17 a qual abandona o companheiro da sua mocidade e se esquece do concerto do seu Deus;

18 pois a sua casa se inclina para a morte, e as suas veredas para as sombras.

19 Nenhum dos que se dirigirem a ela, tornara a sair, nem retomará as veredas da vida.

5:3-5

3 Porque os lábios da mulher licenciosa destilam mel, e a sua boca e mais macia do que o azeite;

4 mas o seu fim é amargoso como o absinto, agudo como a espada de dois gumes.

5 Os seus pés descem à morte; os seus passos seguem no caminho do Seol.

6:23-33

23 Porque o mandamento é uma lâmpada, e a instrução uma luz; e as repreensões da disciplina são o caminho da vida,

24 para te guardarem da mulher má, e das lisonjas da língua da adúltera.

25 Não cobices no teu coração a sua formosura, nem te deixes prender pelos seus olhares.

26 Porque o preço da prostituta é apenas um bocado de pão, mas a adúltera anda à caça da própria vida do homem.

27 Pode alguém tomar fogo no seu seio, sem que os seus vestidos se queimem?

28 Ou andará sobre as brasas sem que se queimem os seus pés?

29 Assim será o que entrar à mulher do seu proximo; não ficará inocente quem a tocar.

30 Não é desprezado o ladrão, mesmo quando furta para saciar a fome?

31 E, se for apanhado, pagará sete vezes tanto, dando até todos os bens de sua casa.

32 O que adultera com uma mulher é falto de entendimento; destrói-se a si mesmo, quem assim procede.

33 Receberá feridas e ignomínia, e o seu opróbrio nunca se apagará;

7:6-27

6 Porque da janela da minha casa, por minhas grades olhando eu,

7 vi entre os simples, divisei entre os jovens, um mancebo falto de juízo,

8 que passava pela rua junto à esquina da mulher adúltera e que seguia o caminho da sua casa,

9 no crepúsculo, à tarde do dia, à noite fechada e na escuridão;

10 e eis que uma mulher lhe saiu ao encontro, ornada à moda das prostitutas, e astuta de coração.

11 Ela é turbulenta e obstinada; não param em casa os seus pés;

12 ora está ela pelas ruas, ora pelas praças, espreitando por todos os cantos.

13 Pegou dele, pois, e o beijou; e com semblante impudico lhe disse:

14 Sacrifícios pacíficos tenho comigo; hoje paguei os meus votos.

15 Por isso saí ao teu encontro a buscar-te diligentemente, e te achei.

16 Já cobri a minha cama de cobertas, de colchas de linho do Egito.

17 Já perfumei o meu leito com mirra, aloés e cinamomo.

18 Vem, saciemo-nos de amores até pela manhã; alegremo-nos com amores.

19 Porque meu marido não está em casa; foi fazer uma jornada ao longe;

20 um saquitel de dinheiro levou na mão; só lá para o dia da lua cheia voltará para casa.

21 Ela o faz ceder com a multidão das suas palavras sedutoras, com as lisonjas dos seus lábios o arrasta.

22 Ele a segue logo, como boi que vai ao matadouro, e como o louco ao castigo das prisões;

23 até que uma flecha lhe atravesse o fígado, como a ave que se apressa para o laço, sem saber que está armado contra a sua
vida.

24 Agora, pois, filhos, ouvi-me, e estai atentos às palavras da minha boca.

25 Não se desvie para os seus caminhos o teu coração, e não andes perdido nas suas veredas.

26 Porque ela a muitos tem feito cair feridos; e são muitíssimos os que por ela foram mortos.

27 Caminho de Seol é a sua casa, o qual desce às câmaras da morte.

6. Para desfrutar fidelidade sexual (5:15-20)

Depois de alertar sobre os perigos da imoralidade, Provérbios apresenta o plano positivo de Deus: a alegria e a satisfação dentro do casamento. A metáfora da “cisterna” e do “poço” mostra que a intimidade conjugal é um presente exclusivo, que deve ser guardado e valorizado. Ensinar isso aos filhos é mostrar que o plano de Deus não é reprimir a alegria, mas canalizá-la para o contexto correto, onde produz segurança, confiança e amor duradouro.

Quando os jovens compreendem que a fidelidade sexual honra a Deus e protege seus próprios corações, eles passarão a enxergar o casamento não como um peso, mas como um dom. Rogo ao Senhor que nossos filhos aprendam a se alegrar “na mulher da sua mocidade” ou no marido que o Senhor lhes der, rejeitando as falsas promessas da sensualidade fácil. A fidelidade não é apenas uma regra moral, mas um caminho de alegria verdadeira que glorifica a Deus.

15 Bebe a água da tua própria cisterna, e das correntes do teu poço.

16 Derramar-se-iam as tuas fontes para fora, e pelas ruas os ribeiros de águas?

17 Sejam para ti só, e não para os estranhos juntamente contigo.

18 Seja bendito o teu manancial; e regozija-te na mulher da tua mocidade.

19 Como corça amorosa, e graciosa cabra montesa saciem-te os seus seios em todo o tempo; e pelo seu amor sê encantado perpetuamente.

20 E por que, filho meu, andarias atraído pela mulher licenciosa, e abraÇarias o seio da adúltera?

7. A cuidar das suas palavras (4:24; 10:11, 19-21, 32; 12:18, 22; 15:1-2, 7; 16:23; 20:15)

Provérbios insiste que a língua tem poder de vida e de morte. Por meio das palavras, nossos filhos podem consolar, ensinar, restaurar, mas também ferir, destruir e espalhar contenda. A boca do justo é descrita como um manancial de vida, enquanto a do ímpio encobre violência. Por isso, devemos ensinar as crianças a pensar antes de falar, a evitar fofocas, mentiras e conversas perversas.

Ao mesmo tempo, Provérbios mostra o valor de uma palavra branda, de uma resposta sábia que acalma a ira e promove a paz. Em um mundo dominado por discussões agressivas, ironias e humilhações nas redes sociais, precisamos formar uma geração que saiba usar a língua como instrumento de graça. Palavras verdadeiras, ditas com amor, valem mais do que ouro e pedras preciosas, e refletem o caráter de Cristo na vida diária.

4:24

ele me ensinava, e me dizia: Retenha o teu coração as minhas palavras; guarda os meus mandamentos, e vive.

10:11, 19-21, 32

11 A boca do justo é manancial de vida, porém a boca dos ímpios esconde a violência.

19 Na multidão de palavras não falta transgressão; mas o que refreia os seus lábios é prudente.

20 A língua do justo é prata escolhida; o coração dos ímpios é de pouco valor.

21 Os lábios do justo apascentam a muitos; mas os insensatos, por falta de entendimento, morrem.

32 Os lábios do justo sabem o que agrada; porém a boca dos ímpios fala perversidades.

12:18,22

18 Há palrador cujas palavras ferem como espada; porém a língua dos sábios traz saúde.

22 Os lábios mentirosos são abomináveis ao Senhor; mas os que praticam a verdade são o seu deleite.

15:1-2, 7

1 A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira.

2 A língua dos sábios destila o conhecimento; porém a boca dos tolos derrama a estultícia.

7 Os lábios dos sábios difundem conhecimento; mas não o faz o coração dos tolos.

16:23

O coração do sábio instrui a sua boca, e aumenta o saber nos seus lábios.

20:15

Há ouro e abundância de pedras preciosas; mas os lábios do conhecimento são jóia de grande valor.

8. Para procurar trabalho e fazê-lo bem (6:6-11; 10:4-5; 22:29)

O livro de Provérbios combate com firmeza a preguiça e exalta a diligência. A formiga é usada como exemplo de disciplina e planejamento: sem chefe aparente, trabalha na época certa, ajunta provisão e não desperdiça o tempo. Mostrar isso aos filhos é ensiná-los que o trabalho é parte do plano de Deus, e não um castigo. O esforço honesto, ainda que simples, é mais digno do que uma vida marcada pela ociosidade.

Além disso, Provérbios destaca que aquele que é hábil em seu trabalho será honrado. Deus se agrada de quem faz tudo com excelência, como para o Senhor e não para os homens. Devemos incentivar nossas crianças e jovens a serem responsáveis nos estudos, no serviço à igreja e em suas futuras profissões, lembrando que o cristão deve ser conhecido não só por suas palavras, mas também pela qualidade do que faz.

6:6-11

6 Vai ter com a formiga, ó preguiçoso, considera os seus caminhos, e sê sábio;

7 a qual, não tendo chefe, nem superintendente, nem governador,

8 no verão faz a provisão do seu mantimento, e ajunta o seu alimento no tempo da ceifa.

9 o preguiçoso, até quando ficarás deitador? quando te levantarás do teu sono?

10 um pouco para dormir, um pouco para toscanejar, um pouco para cruzar as mãos em repouso;

11 assim te sobrevirá a tua pobreza como um ladrão, e a tua necessidade como um homem armado.

10:4-5

4 O que trabalha com mão remissa empobrece; mas a mão do diligente enriquece.

5 O que ajunta no verão é filho prudente; mas o que dorme na sega é filho que envergonha.

22:29

Vês um homem hábil na sua obrar? esse perante reis assistirá; e não assistirá perante homens obscuros.

9. Gerenciar bem o seu dinheiro (3:9-10; 11:24-26; 19:17: 22:9)

Provérbios também nos ensina a lidar com os bens materiais de forma sábia e piedosa. Honrar ao Senhor com os bens e com as primícias significa reconhecer que tudo o que temos vem Dele. Nossos filhos precisam aprender que dinheiro não é um fim em si mesmo, mas um recurso para glorificar a Deus, sustentar a família, abençoar a igreja e ajudar o próximo. A generosidade é apresentada como caminho de verdadeira prosperidade.

O texto mostra ainda que reter egoisticamente o que se tem conduz à pobreza espiritual e até material, enquanto o generoso é abençoado. Quando ensinamos as crianças a compartilhar, a ser generosas com os pobres e a confiar na provisão de Deus, estamos formando corações livres da idolatria do dinheiro. Assim, elas entenderão que administrar bem os recursos é parte da mordomia cristã e uma expressão concreta de amor ao Senhor e ao próximo.

3:9-10

Honra a Jehová con tus bienes,

Y con las primicias de todos tus frutos;

10 Y serán llenos tus graneros con abundancia,

Y tus lagares rebosarán de mosto.

11:24-26

24 Um dá liberalmente, e se torna mais rico; outro retém mais do que é justo, e se empobrece.

25 A alma generosa prosperará, e o que regar também será regado.

26 Ao que retém o trigo o povo o amaldiçoa; mas bênção haverá sobre a cabeça do que o vende.

19:17

O que se compadece do pobre empresta ao Senhor, que lhe retribuirá o seu benefício.

22:9

Quem vê com olhos bondosos será abençoado; porque dá do seu pão ao pobre.

10. Amar o seu próximo (3:27-29; 25:21-22)

Por fim, Provérbios nos lembra que a sabedoria verdadeira se manifesta na forma como tratamos o próximo. Negar o bem a quem precisa, quando está em nosso poder ajudar, é contrário ao coração de Deus. Devemos ensinar nossos filhos a serem sensíveis às necessidades dos outros, a não adiar o bem que podem fazer hoje e a viver de forma honesta e pacífica com quem convive ao seu redor.

O texto vai ainda mais longe ao mandar que alimentemos até mesmo o inimigo. Esse ensino aponta para a graça que alcançamos em Cristo, que nos amou quando éramos Seus inimigos. Quando nossos filhos aprendem a retribuir o mal com o bem, eles refletem o próprio Evangelho. Amar o próximo, incluindo aqueles que nos ferem, é uma das marcas mais claras de que a sabedoria de Deus está operando em seus corações.

3:27-29

27 Não negues o bem a quem de direito, estando no teu poder fazê-lo.

28 Não digas ao teu próximo: Vai, e volta, amanhã to darei; tendo-o tu contigo.

29 Não maquines o mal contra o teu próximo, que habita contigo confiadamente.

25:21-22

21 Se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe pão para comer, e se tiver sede, dá-lhe água para beber;

22 porque assim lhe amontoarás brasas sobre a cabeça, e o Senhor te recompensará.

Conclusión

O livro de Provérbios é um tesouro de Deus para as famílias cristãs. Nele encontramos princípios práticos para formar o coração, a mente e o caráter de nossos filhos à luz da Palavra. Ao ensinarmos o temor do Senhor, o domínio da mente, a obediência, a escolha de boas amizades, a pureza, a fidelidade, o cuidado com as palavras, o valor do trabalho, a boa administração dos recursos e o amor ao próximo, estamos, na verdade, conduzindo nossos filhos ao caminho da sabedoria que aponta para Cristo, a Sabedoria encarnada.

Que o Senhor nos ajude, como pais e responsáveis, a não apenas conhecer esses ensinamentos, mas a vivê-los e transmiti-los com fidelidade. Que nossos lares sejam pequenas escolas de sabedoria bíblica, onde as novas gerações aprendam a temer ao Senhor, a segui-lo com alegria e a refletir o caráter de Cristo em tudo o que fazem. Assim, veremos, pela graça de Deus, filhos firmes, úteis ao Reino e preparados para enfrentar este mundo com um coração sábio e piedoso.