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Consequências da preguiça

Consequências da preguiça

O que podemos entender por preguiça? A preguiça é uma atitude que muitos demonstram, mas que poucos admitem. Ela se manifesta de diferentes maneiras: alguns vivem cansados o tempo todo, outros sempre dizem que “não podem” ou “não têm forças” para fazer nada, e há aqueles que, mesmo tendo condições de agir, preferem se justificar para evitar qualquer responsabilidade. A preguiça é um estado da alma que torna a pessoa indiferente, lenta e sem disposição para cumprir seus deveres. É uma postura que rouba tempo, oportunidades e até mesmo bênçãos que Deus deseja derramar sobre nós. A Bíblia fala claramente sobre isso, porque o Senhor não deseja que vivamos uma vida improdutiva.

Uma pessoa preguiçosa vive como alguém sem direção. Está sempre deitada, esperando que tudo venha até ela. Não se esforça, não busca, não corre atrás, e muitas vezes depende dos outros até para realizar as tarefas mais básicas. A preguiça gera um estilo de vida onde o conforto vira prioridade, mesmo que isso custe a perda de propósito e dignidade.

A preguiça leva ao sono profundo,
e o preguiçoso passa fome.

Provérbios 19:15

Salomão, o autor do livro de Provérbios, escreveu essas palavras com profunda sabedoria. Ele observou que a preguiça é um caminho perigoso, porque faz o homem afundar em um “sono profundo”, um estado espiritual e emocional onde não há motivação, disciplina ou busca por crescimento. Um preguiçoso pode ter muitas oportunidades diante de si, mas por falta de esforço, ele as perde. O resultado? Necessidade, escassez e fome — não apenas física, mas também emocional e espiritual.

O preguiçoso deseja resultados, mas não deseja o esforço. Quer colher, mas não quer plantar. Quer receber, mas não quer trabalhar. A vida, porém, não funciona assim. Deus nos deu força, capacidade, inteligência e dons para que sejamos produtivos e responsáveis. A Bíblia nos mostra que até mesmo para colher uma bênção espiritual, é necessário esforço, oração, busca e dedicação.

Salomão apresenta ainda outra imagem quase humorística, mas profundamente verdadeira sobre a condição do preguiçoso:

O preguiçoso põe a mão no prato,
e não se dá ao trabalho
de levá-la à boca!

Provérbios 19:24

Essa figura parece exagerada, mas revela o extremo da preguiça: a pessoa se torna tão dominada pelo comodismo que até as tarefas mais simples parecem pesadas. É como se tudo fosse difícil demais: acordar cedo, estudar, trabalhar, arrumar a casa, enfrentar desafios ou tomar decisões. O preguiçoso vive reclamando, mas não age. Vive sonhando, mas não realiza. Vive esperando, mas nunca se move.

O problema da preguiça não é apenas físico; é espiritual. Um coração preguiçoso não busca a Deus como deveria, não persevera na oração, não lê a Palavra com constância e não desenvolve disciplina espiritual. Assim como a preguiça destrói a produtividade no trabalho, ela também esfria a vida espiritual. E sabemos que o cristão é chamado a ser vigilante, dedicado e zeloso.

A mensagem das Escrituras é clara: Deus honra o esforço, a diligência e o trabalho. Ele abençoadas mãos que trabalham, mas a preguiça sempre leva à perda. O próprio Jesus disse que Seu Pai trabalha até agora, e Ele também (João 5:17). Se Deus trabalha, como podemos justificar uma vida de preguiça?

Por isso, é bom que avaliemos nossos hábitos e atitudes. Se a preguiça tem tomado espaço no nosso coração, devemos pedir ao Senhor que renove nossas forças, desperte nossa alma e nos dê disposição para viver uma vida produtiva, digna e cheia de propósito. O cristão deve ser exemplo de dedicação, responsabilidade e excelência, porque tudo o que fazemos, fazemos para o Senhor.

Que Deus nos ajude a rejeitar a preguiça e a viver com diligência, sabendo que há recompensa para aqueles que trabalham com alegria e fidelidade.

Confiança eterna
Se o meu povo se humilhar, eu ouvirei dos céus

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