Soberbo! Pare de se vangloriar, isso é mau!

Toda pessoa vaidosa e cobiçosa só pedirá ao Senhor por bens materiais, riquezas, posições e conquistas terrenas. Esse tipo de coração se aproxima de Deus não para buscá-Lo, mas para tentar usá-Lo como meio de alcançar seus próprios desejos. A pessoa que vive desse modo se empenha ao máximo para adquirir tudo o que seu olhos desejam, lutando apenas por aquilo que alimenta sua soberba e sua vanglória. Contudo, esse comportamento é extremamente reprovável diante do Senhor, pois revela um coração egoísta, distante da humildade e insensível às coisas espirituais.

O homem cuja motivação é exclusivamente o que é visível e imediato, cujo coração se fixa apenas nas coisas terrenas e passageiras, jamais poderá experimentar a verdadeira vida que há em Cristo Jesus. A busca incessante pela riqueza, pelo reconhecimento e pela exaltação pessoal acaba cegando os olhos para aquilo que realmente tem valor eterno. É por isso que a carta de Tiago nos apresenta uma séria advertência sobre o perigo da arrogância e a presunção humanas.

Mas, agora, vos gloriais em vossas presunções; toda glória tal como esta é maligna.

Tiago 4:16

O autor desta epístola apresenta um alerta profundo sobre a atitude daqueles que confiam em si mesmos e se orgulham de seus próprios planos. Antes desse versículo, Tiago fala da insensatez de declarar com segurança: “Amanhã iremos a tal cidade, negociaremos e ganharemos”, como se o futuro dependesse apenas da força e da habilidade humana. Ele condena essa postura porque ela revela um coração que tirou os olhos de Deus e passou a confiar em sua própria capacidade.

Tiago também menciona que havia pessoas que se cansavam de pedir e, mesmo assim, não recebiam. O motivo era simples: seus pedidos não tinham o propósito de glorificar a Deus, mas sim de satisfazer seus próprios prazeres e ambições. Eles pediam apenas por coisas que não edificavam suas vidas espirituais, e por isso o Senhor não respondia favoravelmente. Deus não é cúmplice do egoísmo humano. Ele não alimenta vaidade, orgulho, luxúria ou cobiça.

Por essa razão, Tiago afirma com firmeza: “Vocês pedem e não recebem porque pedem mal”. Isso demonstra que não basta apenas orar; é necessário que haja pureza de intenção, submissão à vontade de Deus e um coração disposto a aceitar aquilo que o Senhor considera melhor. Pedidos motivados pela inveja, pela cobiça ou pelo desejo de superioridade nunca serão atendidos pelo Pai celestial.

Irmãos, este é um chamado para revisarmos sinceramente nossos desejos. Deus nos ordena a buscar, antes de tudo, o Seu reino e a Sua justiça. Essa é uma prioridade que não pode ser invertida. Quando colocamos o reino de Deus em primeiro lugar, nossa mente se alinha com a vontade divina, e nossas orações passam a refletir um coração transformado. As outras coisas — aquilo que realmente precisamos para viver — nos serão acrescentadas, como ensinou o próprio Jesus.

Não deixemos que nossos olhos fiquem mais fixos nas coisas materiais do que nas espirituais. As coisas deste mundo são temporárias, frágeis e passageiras; tudo aquilo que hoje parece precioso amanhã pode perder totalmente o valor. Mas o que vem de Deus permanece para sempre. A vida espiritual, a fé, a comunhão, a pureza, o amor fraternal, a humildade e a obediência são tesouros eternos que jamais se desgastam.

O Senhor conhece as nossas necessidades, sabe das nossas lutas e entende profundamente os desejos do nosso coração. No entanto, Ele também sabe quando um pedido pode nos afastar do caminho, nos tornar soberbos, ou nos fazer esquecer de quem Ele é. Por isso, muitas vezes Ele diz “não” ou “ainda não”. Não porque não nos ama, mas porque deseja preservar nossa alma e guiar-nos por caminhos melhores.

Que cada um de nós possa buscar uma vida de contentamento e dependência de Deus, aprendendo a pedir com sabedoria, não para nossa glória, mas para a glória dEle. Que abandonemos a vaidade, a cobiça, a arrogância e tudo aquilo que nos afasta do Senhor. E que, ao invés disso, abracemos o que é eterno e verdadeiro, caminhando em humildade diante dAquele que é digno de toda honra.

Os soberbos zombaram grandemente de mim; apesar disso, não me desviei da tua lei
O Senhor foi meu apoio no dia de meu quebranto

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