Sejamos bons cidadãos

A parábola do Bom Samaritano é uma história que todos devemos ler, porque muitas vezes precisamos ser mais solidários no ambiente em que estamos. Às vezes a mesma maneira de pensar das pessoas que vivem em nossa sociedade nos faz endurecer o coração, mas temos que levar em conta que não devemos permitir que nosso coração seja endurecido quando se trata de fazer o bem a uma pessoa.

Essa parábola se tornou um dos ensinamentos mais conhecidos de Jesus, justamente porque revela algo que transcende religiões, culturas e épocas: o verdadeiro amor ao próximo. Em um mundo onde muitas vezes prevalece o individualismo, Jesus nos lembra que a compaixão deve ser uma ação prática, não apenas um sentimento abstrato. Ler esta história com atenção nos ajuda a refletir sobre nossa atitude diante das necessidades dos outros, sejam elas emocionais, físicas ou espirituais.

Além disso, a parábola nos desafia a analisar como reagimos quando vemos alguém em sofrimento. Será que somos movidos pela empatia ou pela indiferença? A mensagem central nos chama a romper com a frieza social e cultivar um coração sensível, disposto a agir mesmo quando isso exige esforço, tempo ou sacrifício pessoal. O exemplo do Bom Samaritano vai muito além do contexto bíblico: é um convite para sermos melhores seres humanos.

O livro de Lucas em seu capítulo 10 nos conta sobre a história do “bom samaritano”. Jesus conta a história de um homem que foi de Jerusalém a Jericó e foi assaltado por ladrões, que o deixaram quase morto. Então ele nos fala sobre outro personagem: “um sacerdote”, que encontra o samaritano. Sendo um sacerdote, talvez nós pensássemos que ele iria ter pena do homem que estava sem poder ficar por conta própria, mas não foi assim, o sacerdote não teve a gentileza de fazer isso, senão que a parábola nos diz:

31 Casualmente, descia pelo mesmo caminho certo sacerdote; e vendo-o, passou de largo. Lucas 10:31

Este detalhe é forte porque Jesus escolhe justamente alguém religioso, alguém que deveria ser exemplo, mas que escolhe não se envolver. Isso revela uma realidade incômoda: não basta ter aparência de piedade; o amor verdadeiro se mede por atitudes. A parábola nos alerta para o perigo de viver uma fé apenas de palavras, sem prática.

Às vezes, aqueles que parecem mais nobres são aqueles que não fazem o bem. Tomemos cuidado de nos comportar como este sacerdote.

A história continua e nos fala sobre nosso próximo personagem: “O Levita”. Oh, talvez pensemos que um levita, aquela pessoa que foi designada para servir no templo, deveria ter aprendido a tratar seu próximo, mas não foi assim:

32 De igual modo também um levita chegou àquele lugar, viu-o, e passou de largo. Lucas 10:32

O levita repete o mesmo comportamento do sacerdote. Ambos viram o homem ferido, mas nenhum tomou atitude. Isso nos faz pensar quantas vezes também vemos necessidades ao nosso redor, mas fingimos que não vimos. A parábola toca em um ponto profundo: saber o que é certo não transforma ninguém; agir conforme o certo, sim.

Agora temos nosso último personagem: “O samaritano”. Esta foi a última pessoa que você esperaria ajudar o pobre homem, porque samaritanos e judeus não se levavam. No entanto, ele foi o único que se dignou a ajudar este pobre homem que foi privado de seus direitos:

33 Mas um samaritano, que ia de viagem, chegou perto dele e, vendo-o, encheu-se de compaixão; 34 e aproximando-se, atou-lhe as feridas, deitando nelas azeite e vinho; e pondo-o sobre a sua cavalgadura, levou-o para uma estalagem e cuidou dele. 35 No dia seguinte tirou dois denários, deu-os ao hospedeiro e disse-lhe: Cuida dele; e tudo o que gastares a mais, eu to pagarei quando voltar. (Lucas 10:33-35)

Quanta cautela esse samaritano tinha daquele homem! Ele não o conhecia, ele não era um parente dele, no entanto, este homem tinha extrema solidariedade com aquele pobre homem deitado nas ruas.

Aqui vemos o verdadeiro significado de amar ao próximo: é ajudar mesmo quando não há nenhum benefício pessoal, mesmo quando não há reconhecimento ou recompensa. O samaritano não apenas ajuda; ele se envolve, cuida, acompanha e garante que aquele homem receba o tratamento necessário. Sua atitude é um modelo de generosidade ativa.

Oh irmãos, que nossa solidariedade não seja menor do que aquela daquele homem.

Nossa grande pergunta é feita por Jesus neste momento:

36 Qual, pois, destes três te parece ter sido o próximo daquele que caiu nas mãos dos salteadores?

É óbvio que todos nós responderemos que é o bom samaritano, mas não é suficiente nós sabermos o que é bom ou quem é o que faz o bem, mas temos que aplicá-lo diariamente. Então, já que sabemos como nos comportar, como devemos nos apoiar, então Jesus nos diz neste dia:

“Vá e faça o mesmo”, concluiu Jesus.

Este “vá e faça o mesmo” é mais do que uma ordem; é um estilo de vida. Significa olhar o mundo com olhos compassivos, oferecer ajuda sem esperar algo em troca e agir com bondade mesmo quando ninguém está olhando. Quando vivemos dessa forma, não apenas obedecemos a Cristo, mas iluminamos nosso entorno com amor genuíno, aquele amor que transforma vidas.

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