Do que somos salvos? No contexto bíblico da salvação que vem de Deus, somos salvos da ira divina — uma ira santa, justa e inevitável — que será derramada sobre os filhos da iniqüidade, sobre aqueles que rejeitam a Deus, odeiam o bem e se deleitam nas coisas más. A Bíblia é clara: a humanidade inteira, por natureza, está afastada de Deus e sujeita à condenação. Porém, Deus, por meio de Nosso Senhor Jesus Cristo, decidiu nos salvar de Sua ira e nos reconciliar Consigo mesmo.
A Bíblia expressa esta verdade de maneira direta e poderosa:
11 E este é o testemunho: Deus nos deu a vida eterna, e essa vida está em seu Filho.
12 Quem tem o Filho, tem a vida; quem não tem o Filho de Deus, não tem a vida.
1 João 5:11-12
A verdade absoluta revelada pelas Escrituras é que Deus, através de Seu Filho, nos concedeu vida eterna. E essa vida não começa apenas quando entrarmos pela porta da eternidade, mas se inicia agora, no momento em que somos alcançados pela graça e regenerados pelo Espírito Santo. A salvação não é apenas um destino futuro: é uma transformação presente. Somos libertos da condenação, trasladados das trevas para a luz e feitos filhos de Deus.
Quando falamos de ira divina, não estamos falando de um capricho ou explosão emocional. A ira de Deus é a expressão de Sua santidade contra o pecado. Desde o momento em que Adão desobedeceu no Éden, a humanidade caiu em rebelião e ficou sujeita ao juízo. No entanto, naquele exato momento da queda, Deus revelou Seu plano redentor prometendo Aquele que esmagaria a cabeça da serpente. Ou seja, desde o princípio, Deus já preparava o caminho para nos salvar de Sua justa ira. Esse caminho é Cristo.
A ira que deveria cair sobre nós caiu em Jesus Cristo. Ele tomou nosso lugar, carregou nossa culpa, suportou o castigo que nós merecíamos e, por meio de Sua morte substitutiva, satisfez a justiça divina. Isso significa que Deus não simplesmente “ignorou” o pecado; Ele o puniu — só que em Cristo, para que a nós fosse concedida a vida. E essa é a demonstração suprema do amor de Deus: entregar Seu Filho para sofrer aquilo que nós jamais poderíamos suportar e nos dar aquilo que jamais poderíamos conquistar — a salvação eterna.
É por isso que não há razão para tristeza hoje. Não há motivo para pensar em desistir desta grande carreira da fé. Não há espaço para acreditar que Deus não te ama. O maior amor já foi demonstrado na cruz: o amor que te tirou do caminho da morte, te livrou da ira e te trouxe para a luz da graça. A cruz é a prova eterna de que Deus nos amou com um amor inexplicável, imerecido e incomparável.
Também é importante lembrar que essa salvação não é apenas uma doutrina a ser estudada, mas uma realidade a ser vivida. Quem tem o Filho tem a vida — isso implica transformação, esperança, perdão, novo coração, nova mente e nova identidade. Não somos mais escravos do pecado; somos livres em Cristo. Não caminhamos mais para a condenação; caminhamos para a glória eterna.
Amado leitor, não esqueça: você foi salvo do pior inimigo — a condenação eterna — e salvo para o maior bem — viver em comunhão com Deus para sempre. A ira que antes estava sobre você agora foi removida, e sobre sua vida brilha a graça soberana de Cristo. Levante a cabeça, firme os pés na fé e siga adiante. A obra da salvação não depende da sua força, mas da obra perfeita realizada por Jesus no Calvário.
Glória damos a Deus por tão grande salvação! Louvemos Aquele que nos livrou da ira futura e nos fez herdeiros da vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor.