Um certo escritor disse: “A Bíblia sofre mais de seus crentes do que de seus oponentes”. E é que realmente hoje nossos oponentes não ressoam tão fortemente quanto aqueles que “acreditam” na Bíblia”.Honestamente, é uma pena ver tudo o que está acontecendo nas redes sociais, e é que existem milhares e milhares de pessoas compartilhando vídeos de pregadores que, sem entendimento e conhecimento do Senhor, falam coisas sem sentido, fazendo muitas proibições sobre coisas que a Bíblia nunca proíbe.
Hoje muitos têm tomado a atribuição de dizer o que eles acreditam que é pecado como se fossem deuses. A Bíblia é a única palavra que tem o poder de nos dizer o que é certo e o que é errado. Ela é a nossa regra de fé e prática, e não aquilo que algum líder ou pregador decide impor como mandamento humano. Jesus, durante Seu ministério, enfrentou esse mesmo problema: homens que colocavam cargas pesadas sobre os ombros das pessoas, enquanto eles mesmos não moviam um dedo para ajudar. O legalismo sempre foi um inimigo do evangelho, porque coloca tradições humanas no lugar da graça divina.
O legalismo prevalecente está tirando muito território como igreja e devemos pôr fim a isso. Precisamos levar a Bíblia para saber qual é a boa vontade de Deus. Quando colocamos a Escritura no centro, as trevas da ignorância se dissipam e o coração é iluminado pela verdade. Lembre-se do apóstolo Paulo quando ele escreveu aos gálatas:
11 Irmãos, quero que saibam que o evangelho por mim anunciado não é de origem humana.
12 Não o recebi de pessoa alguma nem me foi ele ensinado; ao contrário, eu o recebi de Jesus Cristo por revelação.
Gálatas 1:11-12
A primeira coisa é que Paulo deixou claro para os gálatas que o Evangelho que ele havia pregado a eles não era algo inventado pelo homem, não era baseado em emoções ou supostas revelações superficiais, mas sim no evangelho que Paulo havia recebido por Cristo. Essa afirmação é extremamente profunda, pois nos lembra que o evangelho não está sujeito às opiniões humanas. Ele não se curva aos caprichos das culturas, nem se adapta ao gosto dos homens. O evangelho é revelação divina, imutável e perfeita.
Em que evangelho você decidiu acreditar? Você acredita no evangelho legalista que ensinam hoje, onde você diz coisas que a Bíblia não diz? Ou você acredita no evangelho da Bíblia? Essa é uma pergunta essencial para os dias em que vivemos. Muitos estão preferindo ouvir mensagens manipuladas, recheadas de proibições humanas, do que ouvir a sã doutrina que liberta. O legalismo pode até dar uma aparência de “santidade”, mas não transforma o coração. Ele apenas cria pessoas oprimidas, temerosas e distantes do verdadeiro entendimento da graça.
É tempo de que em nossas igrejas lembremos o verdadeiro significado da graça de Deus, do amor de Deus, do evangelho de Jesus Cristo, que tiremos o véu e que paremos de pregar todas aquelas coisas que não são o evangelho. A graça não é licença para pecar, mas também nunca foi um conjunto de proibições humanas. A graça é o poder de Deus que nos ensina a dizer “não” à impiedade e a viver de forma justa e piedosa neste mundo. Quando compreendemos isso, percebemos que o evangelho não é um fardo, e sim um descanso.
Devemos voltar ao que Cristo realmente ensinou: misericórdia, justiça, verdade e amor. Devemos rejeitar todo excesso humano que distorce a mensagem da cruz. Devemos, como Bereanos, examinar diariamente as Escrituras para ver se aquilo que ouvimos realmente vem de Deus. O evangelho bíblico liberta, cura, restaura e aponta para Cristo, não para tradições humanas.
Irmãos, permaneçamos firmes na Palavra e lutemos contra qualquer distorção que queira substituir a voz de Deus pela voz de homens. O evangelho verdadeiro é suficiente, poderoso e eterno.