Hoje encontramos muitas pessoas que duvidam do poder de Jesus, pessoas que não acreditam que Ele pode libertá-las de qualquer doença, cura física ou ferida interior. Muitos confiam apenas na medicina humana — que é boa e necessária — mas se esquecem de que acima de tudo existe um Deus que tudo pode. Contudo, ao abrirmos as Escrituras, vemos repetidamente que Jesus realizou milagres extraordinários durante Seu ministério, demonstrando não apenas Sua autoridade divina, mas também Sua compaixão por aqueles que sofriam.
O evangelho de Mateus nos apresenta esta cena impactante: Jesus saía de Jericó e uma grande multidão o acompanhava. Em meio ao barulho, à poeira e à agitação, dois homens cegos estavam sentados à beira do caminho. Eles não tinham visão física, mas enxergavam com os olhos da fé. Quando ouviram que Jesus estava passando, não hesitaram um só segundo. Começaram a clamar com insistência: “Senhor, Filho de Davi, tem compaixão de nós!”. Esse título — Filho de Davi — mostra que eles reconheciam Jesus como o Messias prometido, aquele que tinha poder para libertar, salvar e curar.
Eles não apenas clamaram, mas insistiram. Mesmo quando a multidão tentou fazê-los calar, mesmo quando pode ter parecido inconveniente ou desesperador, eles continuaram gritando o nome de Jesus. Isso nos ensina algo profundo: aqueles cegos tinham certeza absoluta de que Jesus podia mudar sua história. Eles sabiam que Ele era o único capaz de abrir seus olhos.
E o mais emocionante é que Jesus ouviu. Ele sempre ouve. O texto diz que Jesus parou. O Deus do universo, o Criador dos céus e da terra, parou no meio da multidão para ouvir dois homens marginalizados, considerados descartáveis pela sociedade. Ele os chamou e fez uma pergunta que revela Seu amor e Sua atenção pessoal: “Que quereis que vos faça?”
Eles pediram exatamente o que desejavam há tantos anos: “Senhor, que nossos olhos sejam abertos.” Jesus, com ternura divina, tocou seus olhos, e imediatamente eles receberam a visão. O milagre aconteceu sem demora, sem dificuldade, sem esforço. Bastou um toque do Mestre para transformar completamente a realidade deles.
Mas o texto não termina aí. Depois de receberem o milagre, aqueles homens não voltaram para suas atividades antigas, não se afastaram, não se perderam no meio da multidão. Ao contrário — eles seguiram Jesus. Este é o sinal de um coração verdadeiramente transformado: não apenas recebe a bênção, mas responde com gratidão e devoção. Eles entenderam que o maior milagre não foi apenas enxergar fisicamente, mas conhecer aquele que dá a verdadeira luz ao mundo.
Isso contrasta com a história dos dez leprosos. Embora dez tenham sido curados, apenas um voltou para agradecer. A maioria recebeu o milagre, mas não deu glória a Deus. Hoje, infelizmente, acontece o mesmo: muitos buscam Jesus apenas para resolver problemas terrenos, mas poucos O seguem por amor, fé e gratidão.
Aprendemos, portanto, que devemos ser gratos a Deus não apenas quando recebemos um milagre, mas em todas as circunstâncias — sejam boas ou difíceis. A gratidão é uma marca do verdadeiro discípulo. É reconhecer que tudo o que temos e somos vem do Senhor.
Que você possa ser como aqueles dois cegos: alguém que clama a Jesus com fé, que crê no Seu poder, que persevera, que recebe o milagre e que decide segui-Lo de todo o coração. Jesus continua passando perto de nós todos os dias — basta chamá-Lo com fé. Ele ainda cura, ainda transforma e ainda abre olhos que estavam fechados há muito tempo.
Creia: para Jesus nada é impossível. E quando Ele tocar sua vida, siga-O com gratidão e alegria.
...