Quando estamos longe da presença do Senhor, tendemos a falhar e a mostrar um tipo diferente de personalidade, que o descuido nos leva a ser pessoas que já não respeitam nada, tornamo-nos murmuradores de outros.
Pensamos que murmurar ao nosso próximo é a coisa certa a fazer, mas não é, porque Deus está a observar-nos. Deus não está agrada com estas acções, é por isso que nos devemos aproximar de Deus porque não fomos chamados a murmurar ao nosso próximo, nem a julgá-lo como muitos fazem, frio e sem coração.
É evidente que as nossas lutas vêm porque temos um que está sempre pronto para nos desviar do caminho certo, para nos colocar em inimizade com os nossos irmãos, pelo que devemos agir da seguinte forma:
Irmãos, não faleis mal uns dos outros. Quem fala mal de um irmão e julga a seu irmão fala mal da lei e julga a lei; e, se tu julgas a lei, já não és observador da lei, mas juiz.
Tiago 4:11
Tiago explica que as pessoas que julgam e pensam que são perfeitas, murmuram sem compaixão, não pensando no mal que estão a fazer àqueles contra quem murmuram. Isto é algo que é mau aos olhos do Senhor.
Mas aqueles que são justos, resistem ao inimigo, não olhemos para as acções daqueles que murmuram. Ignoremos o orgulho e permaneçamos humildes e resistamos ao inimigo, como Tiago sugere neste verso. Aproximemo-nos de Deus, os de ânimo dupla, purificai os vossos corações, humilhai-vos diante do Senhor e Ele os exaltará.
Quando refletimos sobre o tema da murmuração, percebemos que se trata de um mal silencioso que cresce dentro do coração quando estamos espiritualmente distantes. A murmuração não começa de um dia para o outro; ela se desenvolve pouco a pouco, quando deixamos de vigiar, de orar e de permanecer conectados com a Palavra de Deus. É nesse momento de descuido espiritual que o inimigo encontra espaço para plantar sementes de crítica, inveja e julgamento, levando-nos a atitudes que não refletem o caráter de Cristo.
A Bíblia nos convida repetidas vezes a cuidar das palavras que saem da nossa boca. Jesus mesmo disse que “a boca fala do que o coração está cheio”, mostrando que a murmuração é um reflexo do interior. Quando estamos cheios da presença de Deus, nossas palavras edificam, animam e fortalecem; porém, quando estamos vazios espiritualmente, nossas palavras passam a ferir, dividir e causar danos à unidade do corpo de Cristo.
Além disso, murmurar contra os outros não resolve nenhum problema. Pelo contrário, aumenta conflitos, destrói relacionamentos e alimenta sentimentos negativos. A murmuração nos afasta da paz, da comunhão e da humildade, três elementos essenciais na vida cristã. Por isso, devemos examinar continuamente o nosso coração e pedir ao Senhor que nos ajude a vencer esse hábito prejudicial.
Tiago, em sua carta, não apenas alerta contra o ato de falar mal, mas também aponta a gravidade espiritual dessa atitude. Ele explica que, ao julgar nosso irmão, colocamo-nos em posição de juízes da lei, algo que pertence somente a Deus. A arrogância espiritual é uma armadilha sutil, pois muitos acreditam estar fazendo “correção”, quando na verdade estão apenas espalhando críticas que não edificam e não refletem o amor cristão.
Por isso, o caminho correto é a humildade. A pessoa que permanece humilde diante de Deus reconhece suas próprias fragilidades e, por essa razão, não sente prazer em apontar os erros dos outros. A verdadeira maturidade espiritual não está em saber julgar, mas em saber amar, restaurar e perdoar. Deus exalta aqueles que se humilham, e esse princípio permanece vivo até os dias de hoje.
Conclusão
A murmuração é uma prática que destrói vidas e enfraquece nossa comunhão com Deus. Somente quando permanecemos próximos do Senhor podemos vencer essa inclinação e cultivar um coração compassivo, sábio e cheio de amor. Que busquemos diariamente a presença de Deus, purifiquemos nossos corações e deixemos que Ele seja o juiz, enquanto nós nos dedicamos a viver em paz e edificação mútua. A humildade sempre será o caminho que conduz à verdadeira exaltação diante do Senhor.