Este salmo é um dos que se referem aos dias de angústia que o salmista David viveu, mas, apesar de tudo, os louvores deste grande homem ao Deus poderoso continuaram.
É por isso que, quando ouviu o salmista dizer “não me rejeites na minha velhice“, ele entendeu que chegaria o momento em que a sua força já não seria a mesma. Mesmo quando David dizia estas palavras, a sua consciência tinha a certeza de que Deus estaria sempre com ele.
Este versículo a continuação nos mostra um David que crê fielmente na promessa do Senhor, que confia em Deus como sua rocha forte, seu louvor não cessando.
Não me rejeites no tempo da velhice; não me desampares, quando se for acabando a minha força.
Salmos 71:9
Deus do céu, as expressões deixam-nos muito a dizer quando estamos em dificuldades e quando sabemos que, apesar de estarmos tristes, há um Deus que nos consola e nos enche de força.
Tal como o salmista, o ser humano tem momentos em que fraqueja, mas não acaba por cair porque Deus é a sua rocha forte, tal como o foi para David.
Irmãos, queremos que este artigo nos ensine mais sobre a adoração a Deus diante das circunstâncias, para que possamos dizer: “Senhor, na nossa velhice, não nos rejeites, Deus do céu, pois tu és o nosso refúgio”.
Quando observamos o Salmo 71, percebemos que David já não era o jovem guerreiro que enfrentou Golias. Agora ele fala como alguém que conheceu batalhas, traições, perdas e também grandes livramentos. É um homem que compreende o peso do tempo e a fragilidade humana, mas que, acima disso, entende que a fidelidade de Deus não diminui com os anos. Por isso sua oração é profunda e sincera. Ele sabe que o corpo enfraquece, mas confia que a presença divina permanece firme como sempre foi.
A expressão “não me rejeites na minha velhice” não é apenas um pedido, mas também uma declaração de fé. O salmista reconhece que Deus o sustentou desde a juventude, acompanhou seus passos como pastor, como guerreiro e como rei. Agora, ao vislumbrar os últimos anos da vida, David expressa sua dependência total do Senhor. Ele entende que, assim como precisou de Deus para enfrentar gigantes, também precisa Dele para enfrentar a perda das forças, um processo inevitável para qualquer ser humano.
Esse versículo também nos lembra que diante da fragilidade, a nossa maior segurança está em Deus. Quantos de nós já passamos por momentos em que sentimos nossa força física ou emocional diminuir? Em muitas situações, percebemos que, por mais fortes que já tenhamos sido, existem períodos da vida em que dependemos mais do cuidado e do consolo divino. E é justamente aí que a Palavra nos convida a voltar nosso coração para Deus, buscando n’Ele aquilo que o mundo não pode oferecer.
O pedido do salmista é humilde, mas poderoso: ele não tenta mostrar autossuficiência; pelo contrário, declara: “Senhor, sem Ti, nada posso”. Esta atitude é profundamente espiritual. Reconhecer a própria limitação diante de Deus é a porta para um relacionamento mais íntimo e sincero com o Criador. E é nesta postura que encontramos descanso para a alma.
Além disso, este versículo ensina que a velhice não deve ser vista como um período de inutilidade, mas como uma fase em que a experiência da vida pode transformar-se em louvor e testemunho. David, mesmo envelhecido, não deixa de adorar. Pelo contrário, é justamente nesta fase que suas palavras se tornam mais profundas e cheias de significado. Ele continua a proclamar a grandeza do Senhor, mostrando que a adoração não depende do vigor físico, mas do coração.
Conclusão
O Salmo 71:9 nos convida a confiar em Deus em todas as etapas da vida. Assim como David, também enfrentamos dias de fraqueza e incerteza, mas o Senhor permanece o mesmo: fiel, poderoso e pronto para sustentar aqueles que O buscam. Que este versículo nos inspire a depender de Deus desde a juventude até a velhice, reconhecendo que Ele é a nossa rocha, o nosso abrigo e o nosso fiel companheiro em todas as fases da jornada.