O que podemos dizer sobre Jesus? Ele transcende a simplicidade de nós mortais, pois Nele está a própria perfeição, toda sabedoria, santidade. Se colocarmos tudo “puro” neste mundo em uma escala e, na outra, “apenas” colocarmos Jesus, asseguro-lhe que toda a nossa pureza permanecerá no solo.
A Bíblia nos diz no livro de João capítulo 1 que Jesus, sendo Deus, veio e se humilhou, tornando-se um homem, dando Sua vida pelos nossos pecados presentes e futuros.
Você conhece todas as pessoas que puderam andar ao lado de Jesus neste mundo? Porém, muitos deles, tendo tudo na ponta dos dedos, não conheciam o seu Salvador, não conheciam Jesus.
Ó amigos, vocês se lembram daqueles que estavam caminhando com o próprio Jesus ressuscitado a caminho de Emaús? Eles caminharam com Jesus, mas não sabiam que aquele era Jesus.
Estamos cometendo o mesmo erro? Temos tudo ao nosso alcance e ainda não estamos encontrando nosso Salvador? Essa é uma pergunta que devemos nos fazer nessa intimidade, quando estamos sozinhos com nós mesmos.
Vivemos em um mundo onde o homem está à espera de fama, e isso inclui muitos dentro do Cristianismo, que porque vão atrás da coisa errada, tendo Jesus à sua frente, nem mesmo têm tempo para vê-lo.
Você sabia que o sumo sacerdote Caifás tinha o próprio Jesus, o Salvador do mundo, diante de seus olhos? No entanto, ele preferiu acusar o Mestre em vez de segui-lo.
Examinemos nossas vidas e descobramos se estamos realmente vendo Jesus ao nosso lado.
Quando refletimos profundamente sobre essas palavras, percebemos que a grande questão não é apenas reconhecer Jesus historicamente, mas discernir se estamos enxergando Sua presença em nossas vidas hoje. Muitas vezes, como os discípulos no caminho de Emaús, caminhamos com Ele sem perceber a grandeza de quem está ao nosso lado. Essa cegueira espiritual não vem da falta de informação, mas da falta de atenção, de silêncio interior e de entrega verdadeira.
Vivemos em tempos tão acelerados que a mente humana se tornou um palco de distrações constantes. Notícias, redes sociais, opiniões, discussões sem propósito — tudo parece competir pela nossa atenção. E nesse barulho diário, o suave sussurro de Jesus muitas vezes passa despercebido. Não porque Ele não fale, mas porque não paramos o suficiente para ouvir. O mundo promete brilho, fama, conquistas e resultados imediatos, mas cada promessa é tão passageira quanto o vento. Em contraste, Jesus oferece vida, descanso, direção e propósito eterno.
Outro ponto importante é reconhecer que aqueles que estiveram fisicamente com Jesus também tiveram dificuldade em reconhecê-lo. Isso nos ensina que a proximidade física ou religiosa não garante discernimento espiritual. Muitos hoje frequentam templos, conhecem cânticos, participam de atividades, mas ainda não enxergaram a beleza e a profundidade de caminhar realmente com Cristo. Ver Jesus não é olhar para uma figura distante, mas permitir que Ele transforme o coração e dirija cada passo.
O exemplo de Caifás também é um alerta poderoso. Ele tinha todo o conhecimento religioso, ocupava a posição mais alta entre os líderes espirituais, mas ainda assim não reconheceu o Messias. Isso mostra que a religiosidade sem entrega, sem amor e sem humildade pode cegar o coração. Jesus esteve diante dele, mas sua ambição, seu medo de perder autoridade e seu orgulho foram mais fortes do que o desejo de seguir a verdade. Da mesma forma, podemos ter Jesus ao nosso alcance e ainda assim não percebê-lo se nossos olhos estiverem voltados apenas para nossas próprias vontades.
Este texto é um convite à introspecção sincera. Devemos perguntar a nós mesmos: estamos tão ocupados buscando nossos sonhos, conquistas, seguidores e metas que deixamos de reconhecer a presença de Cristo no cotidiano? Será que nosso coração está tão cheio de ansiedade, pressões e desejos que não há espaço para olhar para Ele? A resposta só pode ser encontrada no silêncio da alma, na oração genuína e na disposição para ser moldado por Deus.
Que hoje possamos parar por um momento e refletir: Jesus está ao nosso lado, mas estamos realmente vendo? Que possamos abrir os olhos, assim como aconteceu com os discípulos de Emaús, e reconhecer que Ele sempre esteve ali, caminhando conosco, guiando-nos com amor e esperando que nosso coração finalmente perceba Sua presença.