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A vida que agrada a Deus

A vida que agrada a Deus

Podemos cometer o erro de nos isolarmos de nossos irmãos em Cristo e até mesmo da sociedade, acreditando que uma vida que agrada a Deus é aquela vivida apenas no silêncio, no retiro e longe dos outros, seja para jejuar, orar ou evangelizar. Todas essas práticas são saudáveis, necessárias e espiritualmente edificantes, mas não representam sozinhas o quadro completo de uma vida piedosa. Uma vida que realmente agrada ao Senhor também é marcada pelo amor fraternal, pela comunhão e pela prática contínua de amar o próximo como a nós mesmos.

Jesus ensinou sobre esse amor com palavras diretas e profundas: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo”. O apóstolo João reforça esse ensino quando pergunta: “Como você pode dizer que ama a Deus e não ama seu irmão?”. Ou seja, não é coerente dizer que servimos a Deus e, ao mesmo tempo, negligenciamos aqueles que estão ao nosso redor. O verdadeiro cristianismo se manifesta no amor que praticamos diariamente, nos gestos de bondade, no perdão oferecido e na edificação mútua.

Pensemos na igreja primitiva, que é um grande modelo para nós. A Bíblia diz que eles eram unânimes em tudo o que faziam. Havia entre eles um amor fraternal tão profundo que eles repartiam não apenas pão, mas também suas vidas, suas alegrias, seus temores e suas necessidades. Esse amor não deve ser visto apenas como um bonito relato histórico; é um padrão que devemos imitar todos os dias. Em um mundo cheio de divisões, egoísmo e isolamento, somos chamados a revelar o amor de Cristo por meio de nossas atitudes.

O apóstolo Paulo escreveu aos tessalonicenses palavras que ecoam para nós até hoje:

9 Quanto, porém, à caridade fraternal, não necessitais de que vos escreva, visto que vós mesmos estais instruídos por Deus que vos ameis uns aos outros;

10 porque também já assim o fazeis para com todos os irmãos que estão por toda a Macedônia. Exortamo-vos, porém, a que ainda nisto continueis a progredir cada vez mais,

11 e procureis viver quietos, e tratar dos vossos próprios negócios, e trabalhar com vossas próprias mãos, como já vo-lo temos mandado;

12 para que andeis honestamente para com os que estão de fora e não necessiteis de coisa alguma.

1 Tessalonicenses 4:9-12

Paulo reconhece que aqueles irmãos já praticavam o amor fraternal, mas, mesmo assim, ele os encoraja a continuar progredindo. Isso nos ensina algo precioso: mesmo quando estamos fazendo o bem, ainda há espaço para crescer. O amor cristão é uma prática contínua que deve se aperfeiçoar com o tempo. Não basta amar quando tudo está bem; precisamos amar quando também é difícil, quando exige renúncia e quando significa estender a mão a quem talvez não mereça aos olhos humanos.

Supõe-se que todo crente tenha esse amor implantado em seu coração pelo Espírito Santo. Afinal, fomos regenerados por Deus e aprendemos através dos ensinos de Cristo a amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos. Portanto, amar o irmão não deveria ser uma luta constante, mas uma consequência natural de uma vida transformada pelo evangelho.

No entanto, se percebermos que não estamos praticando esse mandamento corretamente, precisamos parar no caminho, refletir e ajustar nossa rota. Não podemos permitir que o orgulho, a falta de perdão ou o egoísmo nos impeçam de viver uma vida agradável a Deus. Amar o próximo é um mandamento, não uma sugestão. E, quando praticamos esse amor sincero, nos tornamos mais parecidos com Cristo e fortalecemos a igreja.

Queridos irmãos, esforcemo-nos cada dia para viver em amor, paz e comunhão. Que nossas palavras edifiquem, que nossas atitudes inspirem e que nosso testemunho glorifique o nome daquele que nos amou primeiro. Assim teremos uma vida verdadeiramente agradável a Deus.

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