A lei da vida é simples e inevitável: nós nascemos, crescemos, nos reproduzimos e morremos. Este é o ciclo natural que todos os seres humanos seguem, não importa sua posição social, cultura ou riqueza. Porém, a grande pergunta que surge é esta: O que fazemos com nossas vidas enquanto estamos vivos? A terra é apenas um lugar passageiro, um cenário temporário onde realizamos inúmeras tarefas, onde nos esforçamos, trabalhamos duro, construímos sonhos e nos dedicamos a cuidar dos nossos. No fim, porém, nada disso pode ser levado conosco. Nenhum bem, nenhuma propriedade, nenhuma conquista humana atravessa a fronteira da morte. A única coisa que podemos levar é a satisfação de ter sido responsáveis, fiéis e bons administradores daquilo que Deus colocou em nossas mãos.
A parte mais inquietante dessa reflexão é lembrar que tudo ao nosso redor é temporário. As riquezas passam, os corpos envelhecem, a força diminui, os dias voam. Mas há uma realidade eterna que não podemos ignorar: temos almas imortais para salvar. Não podemos viver a vida como se a morte fosse o fim de tudo, como se depois dela não houvesse mais nada. A Bíblia afirma que, um dia, todos nós estaremos diante do grande tribunal de Cristo, grandes e pequenos, ricos e pobres, todos de pé diante dEle, para prestar contas daquilo que fizemos em vida.
A vida é curta. Passa tão rápido quanto beber um copo de água. Um dia temos saúde, força, energia; no outro, somos surpreendidos por enfermidades ou circunstâncias inesperadas. O tempo passa sem pedir permissão: ontem tínhamos 18 anos, hoje temos 40; ontem éramos jovens e despreocupados, hoje cuidamos de filhos, enfrentamos responsabilidades, sentimos o peso dos anos. Tudo isso nos lembra que somos passageiros — e que precisamos viver com sabedoria.
Jesus, conhecendo perfeitamente nossa natureza e nossa tendência de nos apegar ao que é visível, nos ensinou uma das verdades mais profundas do evangelho:
19 Não ajunteis para vós tesouros na terra; onde a traça e a ferrugem os consomem, e onde os ladrões minam e roubam;
20 mas ajuntai para vós tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem os consomem, e onde os ladrões não minam nem roubam.
21 Porque onde estiver o teu tesouro, aí estará também o teu coração.
Mateus 6:19-21
Essas palavras revelam algo grandioso: aquilo que valorizamos define quem somos. Muitos vivem para acumular riquezas, conquistar posses, garantir segurança material e desfrutar de todos os prazeres possíveis desta vida. Buscam conforto, status, luxo e posição. Mas, muitas vezes, ao fazer isso, esquecem-se dos pobres, dos necessitados, dos aflitos — esquecem-se das coisas que têm valor eterno.
Nós, cristãos, não podemos viver da mesma maneira. Sabemos que nossa promessa não está aqui. Nosso tesouro não é terreno, mas celestial. Nossa esperança não está no que é visível, mas no que é eterno. Por isso, Jesus nos exorta amorosamente: Não se preocupe em ajuntar tesouros na terra. Aqui, tudo apodrece, tudo se desmancha, tudo se perde. A ferrugem corrói, a traça destrói, os ladrões roubam. Mas, se você ajuntar tesouros no céu — obras de amor, fidelidade, generosidade, obediência, temor a Deus — não existe ladrão que possa tocá-los, nem tempo que os possa destruir. O tesouro celestial permanece para sempre.
Então, a grande pergunta para cada um de nós é: Onde está o nosso coração? Porque, como disse Jesus, onde estiver o nosso tesouro — ali também estará o nosso coração. Vivamos, portanto, com os olhos na eternidade, lembrando que esta vida é curta, mas o céu é para sempre.