A Bíblia nos fala de dois irmãos que ofereceram sacrifícios a Deus: Caim e Abel. Embora ambos tenham apresentado ofertas, o relato bíblico nos mostra que Deus se agradou de Abel e não de Caim. Isso despertou o interesse de muitos crentes ao longo dos séculos: o que tornou a oferta de Abel tão especial? A seguir veremos sete particularidades dessa oferta que nos ajudarão a compreender por que Deus a aceitou e como podemos aplicar esses princípios em nossa vida cristã.
Através destes versículos podemos compreender o significado e a maneira correta de oferecer uma oferta baseada no amor e na dedicação ao Senhor. Vejamos:
1. Foi uma oferta de fé
O livro de Hebreus 11:4 nos diz que Abel ofereceu a Deus “sacrifício mais excelente do que o de Caim” pela fé. Isso significa que Abel não apresentou sua oferta apenas como um ato ritual, mas confiando no Deus a quem servia. A fé foi o motor principal da sua ação, e é exatamente isso que Deus sempre procura em nós: corações que creem Nele e confiam em Seu poder.
2. Foi uma oferta do melhor
O relato de Gênesis diz que Abel ofereceu “dos primogênitos de suas ovelhas, e da sua gordura” (Gênesis 4:4). Isso indica que ele não deu qualquer coisa, mas sim o melhor que possuía. Em nossa vida, dar o melhor a Deus significa entregar nossas energias, talentos, tempo e recursos com excelência, e não apenas o que nos sobra.
3. Foi uma oferta com derramamento de sangue
Enquanto Caim ofereceu frutos da terra, Abel ofereceu um animal. Essa diferença é significativa, pois o sacrifício de Abel incluía sangue, o que antecipava o plano redentor de Deus através de Jesus Cristo, o Cordeiro que seria imolado pelos nossos pecados. Desde o início, Deus mostrou que a vida do homem só seria redimida por meio do sangue (Levítico 17:11).
4. Foi uma oferta voluntária
A Bíblia não diz que Deus exigiu especificamente de Abel aquele sacrifício; entende-se, sim, que foi um ato espontâneo de adoração. Deus se agrada quando O buscamos de forma voluntária, e não por obrigação. O amor genuíno não nasce da imposição, mas da entrega sincera.
5. Foi uma oferta com obediência implícita
Embora não tenhamos muitos detalhes, é provável que Abel tenha agido conforme o que Adão e Eva ensinaram sobre se aproximar de Deus. Sua oferta revela um coração obediente, que não busca inovar na adoração, mas sim fazer a vontade de Deus. A obediência sempre foi mais importante do que qualquer sacrifício externo.
6. Foi uma oferta que agradou a Deus
A passagem ressalta que Deus se agradou de Abel e de sua oferta. Isso demonstra que não importava apenas o que se dava, mas também a pessoa que o oferecia. Deus não se agrada de sacrifícios vazios, mas de corações limpos e humildes. Quando apresentamos nossas vidas diante Dele, o que mais importa é a atitude com que fazemos isso.
7. Foi uma oferta que deixou testemunho
Hebreus 11:4 também diz que “mesmo depois de morto, Abel ainda fala por meio dela”. Sua oferta transcendeu o tempo, tornando-se um testemunho eterno de fé e devoção. Isso nos ensina que nossas ações de obediência e adoração não são em vão, mas deixam um legado para as gerações futuras.
Conclusão: Aplicação para a nossa vida
A oferta de Abel nos mostra que o mais importante para Deus não é a quantidade, mas a qualidade do coração com que nos apresentamos. Devemos dar com fé, com obediência, oferecendo o melhor de nós e de forma voluntária. Assim, nossas ofertas e nossa própria vida serão um testemunho que honra o Senhor.
Hoje em dia não oferecemos cordeiros, mas podemos oferecer nossas vidas como sacrifício vivo, santo e agradável a Deus (Romanos 12:1). Isso significa que cada ação, cada palavra e cada decisão devem ser apresentadas como adoração. Se seguirmos o exemplo de Abel, podemos ter a certeza de que o nosso serviço será agradável ao Senhor e que o nosso legado de fé continuará falando mesmo após a nossa partida.
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