Para Salomão. Muitos estudiosos e leitores da Bíblia consideram que este é um salmo escrito por Davi, pai de Salomão, já que o texto diz claramente “para Salomão”. Isso nos permite deduzir que o salmista Davi estava transmitindo ao seu filho palavras profundas sobre o caráter, o poder e as maravilhas do Senhor. Davi era um pai que instruía a sua descendência no temor de Deus, e através deste salmo podemos perceber sua intenção de ensinar Salomão a reconhecer a grandeza divina e a encher o seu coração de louvor.
Neste salmo, observamos o escritor profundamente motivado a bendizer e exaltar ao Deus de Israel. Ele não apenas reconhece as obras poderosas do Senhor, mas também declara que somente Deus é capaz de realizar coisas tão extraordinárias. A expressão “Bendito seja o Senhor, o Deus de Israel” nasce de um coração cheio de gratidão, contemplação e reverência. Davi, ou o autor deste salmo, reconhece que todas as maravilhas e toda a glória pertencem a Ele.
Nosso Deus é grande e incomparável. Ele é Aquele que faz maravilhas; Aquele que opera além da capacidade humana; Aquele cuja mão alcança o necessitado, o oprimido, o aflito e até mesmo o rebelde que se afasta de Seus caminhos. Ele é o Deus que busca o filho pródigo, que sacia os famintos e que cura os quebrantados de coração. Sua glória cobre toda a Terra, e Sua bondade se estende de geração em geração.
Bendito seja o Senhor Deus, o Deus de Israel, que só ele faz maravilhas.
Salmos 72:18
Quando refletimos sobre o pensamento do nosso Deus, sobre a Sua grandeza e sobre a profundidade da Sua obra, o coração é automaticamente levado a desejar que toda essa bênção se espalhe por toda a Terra. Assim como o salmista expressa, é impossível contemplar a majestade de Deus sem desejar que ela alcance todos os povos, nações e línguas. Esse desejo de ver a glória de Deus enchendo tudo é natural para aqueles que conhecem o Senhor e que experimentaram Suas obras.
A declaração feita neste salmo, atribuída a Salomão, revela uma intenção santa: exaltar a poderosa obra de Deus e reconhecer que somente Ele é digno de toda honra. A obra de Deus não é limitada, não é parcial, nem depende da força humana. Ele é soberano em todas as Suas ações e tudo o que faz é perfeito. Por isso, o salmista afirma com convicção que somente Deus é o autor das maravilhas.
A glória do Senhor não pode ser contida. Ela se expande, atravessa fronteiras, visita os lares, transforma corações e muda destinos. Sua infinita misericórdia cobre o justo, fortalece o fraco, levanta o abatido e consola o aflito. O Senhor afasta o opressor, quebra as correntes daqueles que estão presos e remove as fortalezas do mal que se levantam contra os Seus servos.
Deus é justo em todos os Seus caminhos. Sua justiça não falha e não depende das circunstâncias humanas. Dia após dia, Ele cobre Seus filhos com proteção, graça e verdade. As Suas obras são reais, palpáveis e poderosas sobre todos aqueles que O temem. Quando o salmista diz que Ele “só Ele faz maravilhas”, ele está declarando que não existe outro deus, outro poder ou outra entidade capaz de realizar o que o Senhor realiza.
O salmo também funciona como uma oração, como um clamor e como uma expressão de fé para que a presença gloriosa de Deus se manifeste em toda a criação. E é isso que deve existir no coração de cada servo do Senhor: um profundo desejo de que o Seu nome seja conhecido, exaltado e reverenciado por todos. Assim como Davi ensinava Salomão, também nós devemos aprender e ensinar às futuras gerações a reconhecer as maravilhas de Deus e a viver em constante gratidão.
A mensagem deste salmo nos lembra que Deus continua agindo hoje como agiu no passado. Suas misericórdias não são temporárias, Sua bondade não é passageira, e Seu poder não diminuiu. Ele continua sendo o Deus que opera milagres, que sustenta os Seus e que manifesta diariamente o Seu amor. Que possamos, assim como o salmista, bendizer ao Senhor com todo o nosso coração, reconhecendo que Ele é o único que faz maravilhas e que Sua glória enche a Terra, ontem, hoje e para sempre.