Homem e mulher são uma só carne, unidos por Deus em uma aliança sagrada e indissolúvel. Por isso, o amor entre eles deve ser mútuo, equilibrado e cheio de respeito. O casamento não é uma competição, mas uma parceria; não é arena de disputa, mas território de cuidado, renúncia e entrega. Ambos devem amar-se profundamente, ajudar-se em tudo o que for possível e necessário, sustentar-se nas lutas e celebrar juntos as vitórias. Além disso, devem cumprir o dever conjugal, entendido como parte essencial da união física, emocional e espiritual que Deus estabeleceu desde o princípio.
A própria Bíblia fala sobre o respeito que um homem deve ter por sua esposa — aquela que caminha ao seu lado não apenas nos dias felizes, mas também nos momentos de dor, preocupação, enfermidade e incerteza. Ela não é apenas companheira, mas participante ativa de sua vida, sua amiga, sua confidente e a pessoa com quem divide sonhos, preocupações, planos e esperanças.
Por isso, homem, ore todos os dias pela sua esposa. Apresente-a diante do Senhor, peça que Deus a proteja, a fortaleça, a renove e a abençoe em sua entrada e em sua saída. Trate-a com amor e respeito, pois ela é um ser sensível, como a Bíblia a descreve. Ela é um vaso frágil não no sentido de inferioridade, mas no sentido de algo precioso, digno de cuidado, honra e proteção. E, dentro desse respeito mútuo, o apóstolo Paulo também fala claramente sobre o dever conjugal, tanto do marido quanto da esposa:
3 O marido pague à mulher a devida benevolência, e da mesma sorte a mulher, ao marido.
4 A mulher não tem poder sobre o seu próprio corpo, mas tem-no o marido; e também, da mesma maneira, o marido não tem poder sobre o seu próprio corpo, mas tem-no a mulher.
1 Coríntios 7:3–4
Nesta carta, entendemos que, sendo o casamento uma união cristã, tanto o homem quanto a mulher têm a responsabilidade de cuidar um do outro. Paulo afirma que o marido deve pagar à esposa a devida benevolência, e que a esposa deve fazer o mesmo ao marido. A expressão “dever conjugal” muitas vezes é mal compreendida, mas Paulo esclarece essa verdade no versículo seguinte: o corpo de um pertence ao outro, em um ato de entrega mútua que fortalece o vínculo conjugal.
Isso significa que, no casamento, marido e esposa não devem negar um ao outro aquilo que Deus criou como expressão de amor, união e prazer dentro da vida conjugal. A intimidade física é parte da bênção do casamento, uma dádiva divina para reforçar a unidade entre homem e mulher. Infelizmente, é prática comum — inclusive entre casais cristãos — negar essa bênção como forma de punição, manipulação ou castigo. Contudo, Paulo deixa claro que isso não deve acontecer, pois a intimidade foi dada por Deus para o bem, a unidade e a alegria do casal.
Quando marido e esposa compreendem essa verdade bíblica, passam a enxergar a intimidade como algo santo e necessário, não como uma moeda de troca ou arma emocional. Negar essa área essencial do casamento pode gerar frieza, distância, ressentimentos e abrir portas para tentações desnecessárias. Por outro lado, quando há entrega, carinho e benevolência recíproca, o casamento se fortalece e se torna mais sólido em amor.
Mulher de Deus, não negue essa grande bênção ao seu esposo. Cultive o amor, cuide de seu relacionamento e permita que Deus renove sua união diariamente. Lembre-se de que a Palavra afirma que o seu corpo pertence ao seu marido — não para controle ou abuso, mas para comunhão, unidade e amor. Da mesma forma, homem de Deus, faça um esforço para abençoar sua esposa. Entregue-se a ela com carinho, paciência e sensibilidade. O seu corpo também pertence a ela, e isso exige cuidado, respeito e entrega.
Busquem juntos cumprir a Palavra do Senhor, pois quando ambos se dedicam a amar, cuidar e honrar um ao outro, o casamento se torna um reflexo vivo da graça e da bondade de Deus. Assim, essa união será fortalecida no Senhor, cheia de amor, paz e harmonia.