Muitas vezes quando ouvimos a palavra “juízo”, isso nos assusta, porque a vemos como sinônimo de destruição, caos ou castigo imediato. Porém, não devemos enxergar essa palavra apenas desse ponto simples e limitado, já que o juízo é um dos atributos de Deus. Ele é o Criador que governa todas as nações e age com justiça perfeita. Diferente dos nossos governantes terrenos, que podem ser falhos, corruptos ou injustos, o juízo de Deus é sempre correto, santo e baseado em Sua sabedoria infinita. Ele não erra, não se engana e não atua por favoritismo. Por isso, enquanto muitos temem essa realidade, os anjos no céu se alegram e nós também deveríamos fazê-lo, pois o juízo de Deus é sinônimo de ordem, verdade e defesa dos oprimidos.
O salmista disse:
7 Mas o Senhor está entronizado para sempre; preparou o seu trono para exercer o juízo.
8 Ele mesmo julga o mundo com justiça; julga os povos com eqüidade.
9 O Senhor é também um alto refúgio para o oprimido, um alto refúgio em tempos de angústia.
Salmos 9:7-9
A primeira coisa que devemos entender é que o mundo é legislado por Deus. Ele não apenas criou o universo e se afastou; Ele continua governando todas as coisas com Suas leis eternas e soberanas. Não estamos sozinhos, e embora não possamos vê-Lo com nossos olhos, isso não significa que não há ninguém governando do alto dos céus. Em várias partes da Escritura, inclusive quando Deus fala com Jó, Ele deixa claro como administra, sustenta e dirige todas as realidades humanas. O Senhor observa tudo, julga tudo e nada passa despercebido diante dEle.
Querido irmão, nosso Deus não é cego para as situações que acontecem no mundo diariamente. Ele vê a opressão, a maldade, os abusos, as guerras, as injustiças, as traições, o sofrimento dos pobres e a aflição dos que clamam por socorro. O juízo de Deus é necessário porque Ele é santo. Seu trono é um trono de retidão e Seus decretos são perfeitos. Um dia, todos nós teremos que prestar contas diante do grande tribunal de Cristo. Tudo será revelado, nada ficará escondido, e cada obra será avaliada segundo a verdade eterna de Deus.
Aquele temível dia do Senhor não é um mito nem uma ideia simbólica. É uma realidade anunciada desde os profetas até o Novo Testamento. Ele julgará todos os homens, desde os grandes até os pequenos, e esse juízo não será como os julgamentos humanos, cheios de interesses, parcialidade ou corrupção. Nosso Deus julga com justiça absoluta, sem erro e sem falha. Para os que rejeitaram Sua graça, será um dia de espanto; para os que confiaram Nele, será um dia de vitória, pois o Pai vindicará Seus filhos e mostrará que sempre agiu com equidade.
Ao mesmo tempo, o Deus que julga também é refúgio em tempos de angústia. Ele é justo, mas também é misericordioso. Ele não abandona os pobres, não desampara os que sofrem e não deixa sem resposta aqueles que clamam por libertação. Assim como declarou o salmista, o Senhor é “alto refúgio para o oprimido”. Isso significa que, enquanto os homens injustos perseguem, Deus acolhe; enquanto o mundo oprime, Deus consola; enquanto os poderosos esmagam, Deus levanta os caídos. Seu juízo traz equilíbrio, ordem e restauração ao mundo corrupto.
Portanto, longe de temermos o juízo de Deus como algo puramente negativo, devemos louvá-Lo por isso. Seu juízo é expressão de Sua santidade, de Sua retidão e de Seu governo perfeito. Ele jamais age de maneira injusta, jamais ultrapassa limites e jamais erra em Suas decisões. Cada ato divino é correto, cada palavra é verdadeira e cada sentença é pura.
Louvemos nosso Deus por Seus juízos e por Sua bondade, pois tudo o que Ele faz é justo. Que nossa confiança esteja nEle, sabendo que Seu juízo é a garantia de que a maldade não triunfará e que, no fim, a justiça de Deus prevalecerá eternamente.