Tentar ou fazer mal contra o vosso próximo é desobedecer diretamente às leis do Senhor. Este princípio não é novo; faz parte da base moral que Deus estabeleceu desde o princípio. Lembremo-nos de que este é um dos Dez Mandamentos dados por Deus para implantá-los na Terra, mandamentos que continuam a ser válidos para cada geração. Não se trata apenas de evitar fazer mal, mas de cultivar um coração alinhado com Deus, que rejeita toda forma de violência, engano e injustiça.
A Bíblia nos diz que devemos amar a Deus sobre todas as coisas do mundo e amar ao nosso próximo como a nós mesmos. Este mandamento de amor resume toda a lei e os profetas, mostrando que o verdadeiro relacionamento com Deus sempre nos conduz a um relacionamento correto com os outros. É por isso que Salomão nos ensina em seus escritos a fazer o bem, especialmente quando está ao nosso alcance e quando podemos aliviar a carga de alguém que vive ao nosso lado ou confia em nós.
Este homem sábio, guiado por Deus, apresenta vários exemplos práticos sobre como devemos agir diante do nosso próximo. A sabedoria verdadeira não é apenas teórica; ela se manifesta em atitudes. É importante que a tua bondade não se afaste de ti, que permaneças humanitário, sensível e disposto a ajudar. Todos os dias temos oportunidades de demonstrar integridade, compaixão e misericórdia. Não devemos permitir que o egoísmo, a vingança ou a indiferença tomem conta do nosso coração, porque nada disso agrada a Deus e nada disso reflete o caráter de Cristo.
Não maquines mal contra o teu próximo, pois habita contigo confiadamente.
Provérbios 3:29
Este versículo é simples, porém poderoso. Ele mostra que Deus observa não apenas as nossas ações, mas também as intenções do nosso coração. “Não maquines mal…” significa não planejar, não desejar, nem sequer conceber o mal contra alguém que confia em ti ou vive pacificamente ao teu lado. Em outras palavras, Deus condena tanto o ato maligno quanto o pensamento malicioso. E esta é uma ordem clara dada pelo Senhor, uma lei divina que deve ser seguida em todas as ocasiões, sem exceções.
Se tens a oportunidade de ajudar o teu próximo e ele realmente precisa, não adies o bem que podes fazer. A Escritura nos exorta repetidamente a agir enquanto é tempo. O bem que deixamos de fazer hoje pode nunca mais ser possível amanhã, e o sofrimento de alguém pode ser aliviado por uma simples ação nossa. Diante de Deus, atos de bondade não são esquecidos; eles sobem como memória diante do Altíssimo.
Infelizmente, vivemos tempos em que o amor ao próximo tem diminuído. Observamos diariamente egoísmo, indiferença e até maldade deliberada. Muitos ajudam apenas aqueles que lhes podem trazer algum retorno, benefício ou vantagem. A generosidade e o amor desinteressado vão se tornando raros. Porém, como filhos de Deus, somos chamados a ser diferentes, a ir contra a corrente, a viver conforme o caráter de Cristo, que deu sem esperar nada em troca.
Devemos lembrar-nos continuamente do exemplo puro que Salomão nos ensina e, ainda mais, do que o Senhor nos mostra através da Sua lei: ama o teu próximo e não lhe faças mal. Este amor não é apenas sentimento, mas ação, atitude e postura diária. É oferecer ajuda, perdoar, consolar, levantar, apoiar e jamais retribuir o mal com o mal. Isso é parte da santidade que o Senhor espera dos Seus filhos.
Quando praticamos o bem, refletimos a luz de Deus num mundo marcado por trevas. Quando rejeitamos fazer mal, mesmo quando somos provocados, honramos ao Senhor e fortalecemos o nosso testemunho. O próximo habita conosco “confiadamente”, como diz o texto, e essa confiança deve ser honrada. Lembremo-nos de que cada gesto nosso fala de quem somos e de quem servimos.
Portanto, irmãos, vivamos com sabedoria, bondade e temor do Senhor. Que nunca haja em nós intenção de prejudicar, ferir ou enganar alguém. Busquemos sempre fazer o bem, porque assim agradamos ao nosso Deus e cumprimos fielmente os Seus mandamentos. Que Ele nos conceda um coração cheio de amor e disposto a praticar a Sua vontade todos os dias.