Artigos Cristãos

Maldito seja o enganador

Pois maldito seja o enganador, que, tendo animal no seu rebanho, promete e oferece ao Senhor uma coisa vil; porque eu sou grande Rei, diz o Senhor dos Exércitos, o meu nome será tremendo entre as nações.

No capítulo 1 do livro de Malaquias, o Senhor fala através deste profeta ao povo de Israel dizendo que Ele claramente o amou, mas eles não O honram por causa de suas falhas, o povo estava fazendo as coisas como eles queriam e não como Deus queria. É por isso que o Senhor os lembra de Seu amor por eles.

Todo este capítulo fala ao povo, pois é também uma repreensão aos sacerdotes, porque o Senhor fala claramente com eles, e o versículo 6 diz:

O filho honrará o pai, e o servo, ao seu senhor; e, se eu sou Pai, onde está a minha honra? E, se eu sou Senhor, onde está o meu temor? — diz o Senhor dos Exércitos a vós, ó sacerdotes, que desprezais o meu nome e dizeis: Em que desprezamos nós o teu nome?

Era claro que os próprios sacerdotes não estavam fazendo o sacrifício que o Senhor merecia. É por isso que o Senhor exigiu diante Dele um puro sacrifício.

Pois maldito seja o enganador, que, tendo animal no seu rebanho, promete e oferece ao Senhor uma coisa vil; porque eu sou grande Rei, diz o Senhor dos Exércitos, o meu nome será tremendo entre as nações.

Malaquias 1:14

O Senhor disse ao povo que se eles tivessem coisas boas para sacrificar a Ele, sacrificariam a Ele as coisas ruins, as coisas danificadas. Deus não se agradava em nada com este sacrifício maligno. O povo pensou que estava enganando a Deus fazendo isso, mas esqueceu que Deus sabe tudo, até mesmo nossos pensamentos.

Da mesma forma, façamos as coisas com excelência para Deus, e até mesmo para os outros, para aquele que engana, engana-se a si mesmo porque Deus não pode ser zombado, porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará.

O contexto deste capítulo de Malaquias é profundamente espiritual e confrontador. Ele mostra um povo que tinha recebido inúmeros benefícios de Deus, mas que, com o tempo, passou a agir de maneira automática e desrespeitosa diante dEle. Israel sabia que Deus os tinha amado desde o princípio, libertando-os, sustentando-os e corrigindo-os quando necessário, mas ainda assim seus corações se afastaram. Esse afastamento não foi apenas emocional, mas também prático, refletido na maneira como adoravam, sacrificavam e serviam ao Senhor.

Os sacerdotes, que deveriam ser exemplo de reverência, pureza e obediência, foram repreendidos com firmeza porque estavam apresentando diante de Deus sacrifícios defeituosos. Em vez de oferecerem o melhor, como a Lei ordenava, levavam o pior: animais cegos, mancos, doentes ou feridos. Isso mostrava não apenas desobediência, mas desprezo. Em outras palavras, demonstrava que para eles Deus não era digno do melhor, mas apenas da sobra.

Esse tipo de atitude não era apenas um erro ritual, mas um problema de coração. Deus sabia que, se eles eram capazes de dar coisas boas aos governantes humanos, era inaceitável que oferecessem o mínimo ao Rei eterno. O problema estava na valorização: honravam mais os homens do que a Deus, e isso mostrava uma inversão espiritual perigosa.

Malaquias também destaca que Deus é um “grande Rei” e que Seu nome deveria ser honrado entre todas as nações. Isso reforça que ninguém consegue enganar o Senhor. Não importa se alguém aparenta ser espiritual, generoso ou dedicado; Deus vê além das aparências e sonda o coração. Quando alguém oferece a Ele algo com má intenção, sem esforço ou sem sinceridade, esse ato não é aceito, pois Deus não se agrada de sacrifícios vazios.

Esse ensinamento continua atual para nós. Muitas vezes podemos cair na tentação de fazer as coisas para Deus de qualquer maneira, como se o simples fato de fazê-las já fosse suficiente. No entanto, o Senhor deseja excelência, sinceridade e honra verdadeira. Quando servimos a Deus com descuido, estamos imitando os sacerdotes repreendidos por Malaquias. Mas quando o servimos com dedicação e pureza, mostramos gratidão por Seu amor e reconhecimento por Sua grandeza.

Conclusão

A mensagem de Malaquias 1 nos lembra que Deus merece sempre o melhor de nós, não apenas em palavras, mas em atitudes. Ele vê além dos rituais, percebe a intenção do coração e conhece cada motivação que carregamos. Assim como Israel foi exortado a honrar o Senhor de maneira digna, também somos chamados a oferecer nossas vidas como sacrifício puro, sincero e agradável a Deus. Que nunca caiamos na tentação de dar a Ele apenas o que sobra, mas sim o que temos de melhor, pois Seu nome é grande entre as nações e digno de toda honra.

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