A Bíblia nos fala muito sobre o amor, sobre amar uns aos outros e apresenta o amor como a parte mais importante. Jesus nos ensinou como amar verdadeiramente, pois o amor Dele é sem barreiras, sem limites e sem condições. Esse amor foi tão profundo que O levou a morrer na cruz, suportar o opróbrio, a vergonha e a dor. Tudo isso Ele fez por amor a nós. É por isso que João diz: Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. João 3:16. Este versículo resume a essência do evangelho: Deus amou, Deus deu, e por meio desse amor nós recebemos vida eterna.
A bíblia diz:
16 Nisto conhecemos o amor: que Cristo deu a sua vida por nós; e nós devemos dar a vida pelos irmãos.
17 Quem, pois, tiver bens do mundo, e, vendo o seu irmão necessitando, lhe fechar o seu coração, como permanece nele o amor de Deus?
18 Filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas por obras e em verdade.
1 João 3:16-18
João está dizendo claramente que o amor de Deus é revelado em Cristo dando a Sua vida por nós. Isso significa que o amor verdadeiro sempre envolve entrega, renúncia e sacrifício. E João vai além: ele afirma que nós também devemos estar dispostos a dar a vida pelos nossos irmãos. Esse é o padrão do amor cristão — não superficial, não teórico, mas prático e sacrificial.
Lembre-se da igreja primitiva. O livro de Atos dos Apóstolos enfatiza que eles tinham tudo em comum, que eram unânimes, que viviam em comunhão sincera. A dor de um era compartilhada por todos, a necessidade de um se tornava responsabilidade da comunidade inteira. Eles serviam, ajudavam, acolhiam e repartiam, porque entendiam que o amor não é apenas um sentimento — é ação. Eles tinham uma amostra viva do amor genuíno em Cristo Jesus.
A Bíblia também nos ensina que o amor verdadeiro não busca seus próprios interesses. Ele não é egoísta, não é orgulhoso, não se exalta. O amor sofre, persiste, permanece firme, suporta tudo, espera tudo e não se deixa vencer pelo mal. O amor é tão grande que, muitas vezes, nem conseguimos defini-lo completamente. Mas uma coisa podemos afirmar com absoluta certeza: o maior exemplo de amor é Jesus Cristo.
Seu sacrifício na cruz é a expressão suprema desse amor. Ele nos amou mesmo quando não merecíamos, mesmo quando vivíamos em rebeldia e pecado. Ele deu a vida pelos que mereciam o inferno. Ele nos ofereceu graça quando só havia condenação. Ele nos chamou de filhos quando estávamos perdidos. Esse é o amor eterno, imutável e perfeito de Cristo — o amor que transforma, cura e salva.
Por isso, João nos exorta a não amarmos de palavra apenas, mas com obras e em verdade. Amor sem ação é apenas discurso. Amar significa estender a mão, ajudar os necessitados, consolar o ferido, sustentar o fraco, encorajar o abatido, perdoar quem falhou e cuidar de quem sofre. O amor cristão se vê no cotidiano: em pequenos gestos, em decisões difíceis, em atitudes discretas que revelam o caráter de Cristo em nós.
Se alguém vê seu irmão passando necessidade e fecha o coração, João pergunta: “Como permanece nele o amor de Deus?” Ou seja, quem recebeu o amor de Cristo deve manifestar esse amor aos outros. Não podemos ser indiferentes às dores alheias. Não podemos viver com o coração fechado enquanto Deus nos amou com um coração totalmente aberto.
Amemo-nos uns aos outros no amor do Senhor. Este mundo está cansado de discursos religiosos, mas não está cansado de amor verdadeiro. Quando amamos como Cristo amou, mostramos ao mundo que somos Seus discípulos e revelamos o próprio caráter de Deus. Que nossas palavras e ações reflitam a graça que recebemos. Que cada gesto nosso seja uma demonstração do amor que Jesus derramou por nós na cruz.