Este é um aviso muito sério sobre aquelas pessoas comilões, que vivem apenas para satisfazer seus desejos físicos e pensam constantemente em comer, sem qualquer domínio próprio ou equilíbrio. Esse comportamento, ainda que muitos não percebam, não é agradável diante de Deus; pelo contrário, a Palavra deixa claro que a falta de controle e o excesso são considerados pecado. Quando alguém permite que sua vida seja guiada apenas pelo apetite, essa pessoa demonstra que seu coração está mais inclinado aos prazeres da carne do que à disciplina espiritual que Deus requer de Seus filhos.
Portanto, irmãos, não deixem que a glutonaria ultrapasse os limites em suas vidas. Não permitam que esse desejo incontrolável de comer destrua sua paz, perturbe sua mente e roube sua sobriedade espiritual. Se vocês se afastarem desse comportamento, será sempre para o melhor, porque este tipo de atitude não é, de forma alguma, a vontade de Deus. Ele nos chama à temperança, ao domínio próprio e à moderação. O excesso, de qualquer tipo, é sempre prejudicial, e no caso da comida, pode levar não apenas a danos físicos, mas também espirituais.
Veremos agora um aviso direto de Jesus sobre esse tema. O próprio Mestre nos alertou que a glutonaria, assim como a embriaguez e os cuidados excessivos desta vida, podem nos distrair da verdadeira preparação espiritual. Isso porque tais coisas tornam o coração pesado, ocupado com o que é passageiro, e fazem com que os irmãos percam o foco do chamado de Deus. Vejamos as palavras do Senhor:
E olhai por vós, para que não aconteça que o vosso coração se carregue de glutonaria, de embriaguez, e dos cuidados da vida, e venha sobre vós de improviso aquele dia.
Lucas 21:34
Jesus deixou claro que esses excessos têm o poder de carregar o coração, de deixá-lo pesado, distraído e espiritualmente adormecido. As pessoas assim, aquelas que são comilões, vivem pensando apenas no próximo prato, na próxima refeição, no próximo prazer momentâneo. A mente delas está completamente absorvida pelo ato de comer, e muitas vezes comem até não poder mais, sem considerar a necessidade de equilíbrio. Elas se esquecem de que existe um grande dia, inesperado e surpreendente, no qual todos nós seremos chamados. E quando esse dia chegar — seja pela morte ou pela volta gloriosa do Senhor — não haverá mais tempo para se preparar.
É justamente por isso que Jesus nos aconselha a não carregar o coração com glutonaria, embriaguez e preocupações exageradas. Esses comportamentos acabam se tornando armadilhas espirituais que, silenciosamente, afastam o cristão do foco principal: estar preparado para encontrar-se com Deus. O Senhor nos chama para viver com vigilância, com sobriedade, com um coração atento à Sua vinda, e não para estarmos ocupados com coisas que não trazem proveito algum para a alma.
Sejamos sábios e recebamos este aviso de Jesus com seriedade. Todos nós sabemos que não é vontade de Deus nos ver comilões, entregues aos prazeres da mesa, dominados pelo apetite ou tomados pela embriaguez. Ele deseja um povo que viva com equilíbrio, domínio próprio e sobriedade espiritual. A excessiva entrega às comidas, bebidas e prazeres desta vida pode parecer algo pequeno, mas, na verdade, revela um coração sem vigilância e sem temor de Deus.
Além disso, quando alguém permite que esses excessos o dominem, corre o risco de perder totalmente o foco da eternidade. A pessoa fica tão ocupada com o presente, com as coisas passageiras, que se esquece de que um dia estará diante do Senhor para prestar contas de sua vida. E pior ainda: se Cristo vier no momento em que essa pessoa estiver entregue à glutonaria, à embriaguez ou aos cuidados deste mundo, ela poderá ficar de fora. Essa é uma advertência séria, porque não sabemos o dia nem a hora em que seremos chamados.
Portanto, irmãos, examinemos nossos corações e vivamos com sobriedade. Busquem domínio próprio, orem pedindo força ao Senhor para vencer os excessos e mantenham seus olhos fixos no que é eterno. Que Deus nos ajude a viver de forma equilibrada, vigilante e plena em Sua vontade, para que naquele dia não sejamos encontrados despreparados.