China é um daqueles países onde ser cristão é realmente complicado, pois há décadas, neste território, há uma constante perseguição contra tudo o que esteja relacionado ao cristianismo. Esta perseguição não acontece apenas nos templos, nas ruas ou nas comunidades, mas também dentro do ambiente digital, onde cada vez mais o governo chinês tenta impedir que o evangelho seja anunciado livremente. O simples ato de professar fé em Jesus Cristo, que deveria ser natural e respeitado, torna-se motivo de censura, vigilância e até punição.
Recentemente, na China, entrou em vigor uma nova lei sobre o uso da Internet que intensifica ainda mais o controle e a censura contra conteúdos cristãos nas plataformas digitais. Essa lei — rígida e extremamente invasiva — afeta redes sociais populares, sites, blogs e até conversas privadas em aplicativos de mensagens. Um dos casos mais chocantes envolve o aplicativo chinês WeChat, usado por mais de um bilhão de pessoas. Dentro dessa plataforma, a palavra “Cristo” passou a ser bloqueada automaticamente, sendo considerada uma violação às diretrizes do serviço.
Igrejas cristãs que atuam de maneira discreta na China, como a Igreja do Pacto Primitivo, relataram que já não conseguem enviar mensagens contendo a palavra Cristo. O simples envio de um versículo bíblico, um devocional ou qualquer referência direta ao nome de Jesus dispara imediatamente um alerta de censura. Esse bloqueio é aplicado tanto em conversas públicas quanto privadas, tornando impossível evangelizar ou edificar irmãos pela plataforma.
Quando a Igreja do Pacto Primitivo tentou recorrer, alegando que se tratava de conteúdo religioso legítimo e pacífico, a resposta recebida foi absolutamente perturbadora e reveladora:
A palavra “Cristo” que está a tentar publicar viola as regras dos Serviços de Informação da Internet, incluindo mas não se limitando às seguintes categorias:
– Pornografia, jogos de azar e abuso de drogas;
– Comercialização excessiva;
– Incitação.
É extremamente chocante que um termo tão sagrado e puro como “Cristo” seja colocado na mesma categoria que pornografia, drogas e conteúdo malicioso. Essa equiparação não somente demonstra ignorância espiritual, mas revela claramente a intenção de desmoralizar e deslegitimar a fé cristã perante a sociedade. O objetivo é tratar o nome de Jesus como algo proibido, indesejado ou perigoso.
A perseguição na China, portanto, não é apenas física — como igrejas clandestinas sendo invadidas, pastores presos ou bíblias confiscadas — mas também virtual. A perseguição digital é ainda mais silenciosa e sutil, pois limita a comunicação, silencia o evangelho e tenta impedir o avanço da fé através da tecnologia, que é hoje a principal ferramenta de evangelização em muitos países.
Essa realidade levanta uma reflexão profunda para nós, cristãos de países onde ainda existe liberdade religiosa. Muitas vezes temos acesso irrestrito à Bíblia, às redes sociais, às igrejas, e tomamos tudo isso como algo garantido. Enquanto isso, nossos irmãos chineses precisam usar códigos secretos, aplicativos alternativos, VPNs e até fotografias modificadas de textos bíblicos para conseguir compartilhar algo tão simples quanto um versículo.
A situação nos lembra das palavras de Jesus: “Sereis odiados de todas as nações por causa do meu nome.” Não é surpresa que governos ou sistemas contrários ao evangelho tentem apagar o nome de Cristo, pois onde há luz, as trevas tentam reagir. Ainda assim, o evangelho nunca foi detido por proibições humanas. A história prova que quanto maior a perseguição, maior a força da igreja fiel.
Convidamos você a refletir sobre este caso e a orar pelos cristãos na China, que enfrentam perseguições terríveis — físicas, sociais e agora também digitais. E gostaríamos que deixasse um comentário: você considera que o bloqueio do nome Cristo no WeChat foi uma tentativa intencional de atacar a fé cristã, ou acredita que a plataforma agiu apenas por pressão governamental sem medir as consequências?