Muitas pessoas que não são cristãs têm dado grande atenção à nossa pregação, ainda que seja para criticá-la. Isso acontece porque, há mais de dois mil anos, anunciamos que Cristo voltará em breve. Para muitos, esse anúncio contínuo parece motivo de zombaria. Eles dizem que, se Cristo realmente voltará “logo”, por que tanto tempo passou e Ele ainda não veio? A partir disso, levantam argumentos irônicos, comparando a mensagem do retorno de Cristo a histórias inventadas ou mitos populares, como a figura do Papai Noel. O mundo incrédulo sempre tenta desmerecer a verdade espiritual quando ela desafia suas expectativas humanas.
Entretanto, o ponto essencial é que Jesus nunca prometeu uma data específica para o Seu retorno. Ele afirmou claramente que voltaria, mas não disse quando. A promessa é certa, mas o tempo pertence somente a Deus. E como Deus é eterno, o conceito de “cedo” ou “tarde” não funciona da mesma maneira que funciona para nós. O tempo de Deus é perfeito, infinito e determinado pela Sua sabedoria. Já o nosso tempo é curto, limitado e marcado por impaciência. Quando esperamos por algo, rapidamente nos cansamos, mas Deus não trabalha segundo nossas medidas humanas.
É fato que temos pregado a volta de Cristo há muitos séculos, e Ele ainda não veio. Mas também é fato que jamais declaramos datas ou prazos. A igreja verdadeira sempre entendeu que a vinda de Cristo é iminente, mas não marcada no calendário humano. O problema não está na promessa, mas na expectativa limitada de quem busca sinais imediatos para acreditar. A Bíblia nos ensina que a fé não depende do visível, mas da confiança no que Deus disse.
Na época dos apóstolos, a situação não era diferente. Eles também enfrentaram zombadores e críticos. Havia grupos que odiavam o cristianismo e usavam a aparente demora de Cristo para atacar a fé dos crentes. Os irmãos, sentindo-se pressionados, precisaram ser encorajados. Por isso, Pedro escreveu palavras que permanecem atuais até hoje:
O Senhor não demora em cumprir a sua promessa, como julgam alguns. Pelo contrário, ele é paciente com vocês, não querendo que ninguém pereça, mas que todos cheguem ao arrependimento.
2 Pedro 3:9
Este versículo revela algo tremendo: o “atraso” aparente não é atraso. É paciência divina. Deus não pode falhar em Suas promessas, mas Ele estende o tempo para que outros sejam alcançados pela graça. Seu desejo é que muitos venham ao arrependimento. Antes da fundação do mundo, Deus estabeleceu Seu plano de salvação, e esse plano ainda está em andamento. Cristo só voltará quando todos aqueles que o Pai escolheu forem chamados, regenerados e conduzidos ao arrependimento. Até lá, a história continua se desenrolando segundo os decretos divinos.
Há pessoas que ainda serão salvas, pessoas que hoje zombam da fé, pessoas que afirmam que Cristo nunca virá, e até mesmo pessoas que combatem abertamente nossa mensagem. Deus é poderoso para transformar até os mais incrédulos. Por isso, a demora da volta de Cristo não é motivo para desânimo, mas para esperança. Significa que Deus ainda está trabalhando, salvando, chamando e transformando vidas pela Palavra.
Devemos ser pacientes. A fé cristã não se fundamenta no imediatismo, mas na certeza de que aquilo que Deus prometeu Ele cumprirá no tempo perfeito. Enquanto esperamos, não devemos silenciar. Devemos continuar pregando, proclamando, ensinando e anunciando que Cristo voltará. Que a nossa voz nunca se cale diante das críticas, zombarias ou ataques. Que continuemos dizendo, com convicção e fervor, que um dia o Senhor voltará para buscar o Seu povo.
E até que esse dia chegue, permaneçamos firmes. O mundo pode rir, criticar e duvidar, mas nós seguimos confiando na promessa infalível do Deus eterno. Cristo virá — e isso basta.