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O sacrifício de Cristo remove o pecado

O sacrifício de Cristo remove o pecado

A Bíblia nos fala sobre dois pactos de Deus com a humanidade. O primeiro foi um pacto cheio de leis, mandamentos e proibições; um pacto que o apóstolo Paulo descreve como um “aio”, isto é, um tutor que conduzia o homem, mas que jamais poderia salvá-lo plenamente. Esse pacto estava repleto de ritos, sacrifícios contínuos, cerimônias complexas e ordenanças que, para o homem comum, eram extremamente difíceis de cumprir. Além disso, não incluía toda a humanidade, pois foi dado especificamente ao povo de Israel como parte de sua identidade e relacionamento com Deus. Era um pacto bom, santo e justo — mas incapaz de aperfeiçoar o homem por causa do seu pecado.

No entanto, desde muito antes, Deus já havia prometido um segundo pacto, superior em glória e eficácia, um pacto definitivo que removeria o pecado de uma vez por todas. Enquanto o primeiro pacto revelava a santidade de Deus e a incapacidade humana, o segundo pacto revelaria a graça de Deus e o poder do Cristo. A história não termina no Éden nem na queda de Adão. Embora por meio de Adão a morte tenha reinado sobre todos os homens, o plano de Deus jamais falhou. A vida verdadeira chegou a nós por meio de Jesus Cristo, o segundo Adão, aquele que venceu onde o primeiro caiu.

O autor do livro de Hebreus explica isso de forma magistral. No capítulo nove, ele começa descrevendo as características do antigo pacto: como era o tabernáculo, como eram os rituais, e como os sacrifícios de animais eram oferecidos continuamente. Porém, ele deixa claro que tudo aquilo era apenas uma sombra, um símbolo, uma figura temporária que apontava para algo maior. Aqueles sacrifícios nunca foram suficientes para remover o pecado de forma definitiva. Eles apenas cobriam, mas não lavavam; apenas lembravam o pecado, mas não podiam apagá-lo da consciência.

Então o autor apresenta o sacrifício perfeito: Cristo. Ele diz:

Assim também Cristo foi oferecido em sacrifício uma única vez, para tirar os pecados de muitos; e aparecerá segunda vez, não para tirar o pecado, mas para trazer salvação aos que o aguardam.
Hebreus 9:28

O sacrifício de Cristo foi o evento mais transcendental da história da humanidade. Não foi apenas um homem bom morrendo injustamente. Não foi simplesmente uma figura religiosa sendo executada. Naquele dia, o Filho de Deus foi oferecido como o Cordeiro perfeito, sem mancha, imaculado, e o pecado da humanidade foi colocado sobre Ele. A cruz não é um símbolo fraco — é o centro do universo espiritual. Quando Cristo morreu, o véu do templo foi rasgado, o céu escureceu, a terra tremeu. Foi um dia singular, como jamais houve. A morte foi ferida mortalmente. O pecado perdeu seu domínio. E a eternidade ganhou um novo significado para nós.

Esse sacrifício, feito “uma única vez”, ecoa até hoje. A graça que fluiu daquela cruz chegou às nossas vidas, transformou nosso destino eterno e nos deu acesso ao Deus vivo. O antigo pacto terminou em insuficiência; o novo pacto começou em vitória. Agora não dependemos de rituais, não dependemos de sacerdotes imperfeitos, não dependemos de sangue de animais. Cristo entrou no Santo dos Santos celestial e abriu para nós um caminho vivo.

E o autor de Hebreus nos lembra de algo glorioso: esse Cristo que veio uma vez para tirar o pecado, voltará novamente — não mais para morrer ou sofrer, mas para trazer plena salvação aos que O aguardam com fé.

Guardemos, portanto, as Palavras de Cristo em nossos corações. Permaneçamos firmes, confiando no poder do Seu sacrifício e esperando o dia em que Ele aparecerá novamente. Que a verdade do novo pacto nos encha de esperança e gratidão todos os dias de nossa vida.

Não saiba a sua esquerda o que a sua direita faz
Aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre

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