Jejuastes vós para mim, mesmo para mim?

Essa é uma pergunta muito boa que o profeta Zacarias faz às pessoas de sua época. No entanto, não devemos ignorar o fato de que esse é um chamado para todas as pessoas do mundo: se quisermos fazer um sacrifício ao Senhor, deve ser com um coração sincero e com uma adoração genuína diante de Deus.

Nesse passagem, os sacerdotes tinham o compromisso de conduzir o povo pelo caminho certo, dando boas instruções para que o povo fosse submisso e cumprisse os estatutos do Senhor. É por isso que vemos essa pergunta, porque o profeta observou que o povo não era sincero nos sacrifícios que oferecia ao Senhor.

O Senhor lhes fala claramente sobre o jejum que fizeram, que não era sincero e não vinha do coração. Ou seja, o tempo todo em que ofereceram esse sacrifício não foi agradável a Deus.

Fala a todo o povo desta terra e aos sacerdotes, dizendo: Quando jejuastes e pranteastes, no quinto e no sétimo mês, durante estes setenta anos, jejuastes vós para mim, mesmo para mim?
Zacarias 7:5

E se nos fizessem essa mesma pergunta hoje sobre nosso compromisso com Deus – se agimos em obediência, com bom comportamento e oferecendo um sacrifício completo e sincero – o que responderíamos?

É importante entender que, se estivermos fazendo sacrifícios para o Senhor, eles devem ser sinceros e vir verdadeiramente do coração. Não devemos ser como aquelas pessoas que louvavam a Deus com os lábios, mas cujo coração estava longe Dele.

Tudo o que você fizer – seja jejum ou outros sacrifícios – faça bem, demonstrando obediência e boa vontade diante do Senhor. Assim, Deus se agradará de sua boa conduta.

A passagem de Zacarias 7:5 é um convite poderoso à reflexão, não apenas para o povo daquela época, mas também para cada um de nós nos dias de hoje. O profeta levanta uma questão profunda e direta: *“Quando jejuastes… jejuastes realmente para mim?”* Esta pergunta revela um princípio espiritual essencial: Deus olha para o coração por trás de cada sacrifício, prática espiritual ou ato religioso. Não basta cumprir rituais; é necessário que haja sinceridade e devoção genuína.

O povo de Israel havia praticado jejuns durante setenta anos, mas o Senhor expôs que muitos desses atos eram vazios, mecânicos, feitos apenas por tradição ou aparência espiritual. Isso mostra que o problema não estava no jejum em si, mas na intenção do coração. O mesmo acontece hoje quando alguém realiza práticas cristãs — como orar, jejuar ou frequentar cultos — sem uma motivação verdadeira, apenas para manter uma imagem, seguir costumes ou buscar aprovação dos outros.

Zacarias também direciona sua mensagem aos sacerdotes, lembrando-os de sua responsabilidade de guiar o povo no caminho da verdade. Eles deveriam ensinar, corrigir e orientar, mas, quando os líderes falham, o povo também acaba se desviando. Por isso, o profeta traz à luz a necessidade de uma liderança espiritual íntegra, que incentive a obediência e o arrependimento genuíno diante de Deus.

Ao refletirmos sobre essa passagem, percebemos que o Senhor sempre buscou um povo que o adorasse em espírito e em verdade. Desde o Antigo Testamento até os dias atuais, Deus deseja relacionamentos sinceros, não rituais vazios. Ele rejeita sacrifícios feitos por obrigação, mas recebe com alegria aqueles que vêm acompanhados de um coração humilde, arrependido e disposto a obedecer.

Assim, essa pergunta de Zacarias ecoa para nós: *Estamos fazendo o que fazemos para Deus ou para nós mesmos?* Em tempos modernos, com tantas distrações, é possível realizar práticas espirituais apenas por costume. Porém, o Senhor continua sondando corações e chamando cada um de nós a examinar nossas motivações. Jejuamos para buscar a presença de Deus ou apenas para cumprir uma rotina espiritual? Oramos por comunhão com Ele ou apenas por necessidade? Frequentamos a igreja por amor ao Senhor ou apenas por hábito?

A sinceridade diante de Deus é um caminho que transforma. Quando nossos sacrifícios vêm de um coração puro, eles nos aproximam do Senhor e geram frutos espirituais. Por isso, cada cristão deve cultivar um coração obediente, disposto e moldável. O Senhor não despreza um coração quebrantado, e Ele honra aqueles que o buscam com verdade.

Que esta mensagem de Zacarias nos leve a uma autoavaliação profunda. Que cada ato de devoção — seja jejum, oração, louvor ou serviço — seja oferecido ao Senhor com sinceridade e gratidão. Assim, nossa vida espiritual será fortalecida, nossa fé crescerá e Deus se agradará de nosso sacrifício.

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